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Vietnã luta contra legado do agente laranja
A Guerra do Vietnã terminou em 1975, mas o flagelo causado pela contaminação provocada por um herbicida chamado agente laranja ainda não terminou.
"Os danos causados pelo agente laranja são muito mais graves do que qualquer um imaginava na época em que a guerra acabou", disse Nguyen Trong Nhan, vice-presidente da Associação Vietnamita de Vítimas do Agente Laranja (Vava).
Milhões de galões de agente laranja foram despejados pelos Estados Unidos no Vietnã entre 1962 e 1970. O herbicida visava desfolhar a floresta e, assim, evidenciar esconderijos de guerrilheiros vietnamitas.
O agente laranja contém um dos mais fortes venenos existentes, uma variação da dioxina chamada TCCD. Após desfolhar a floresta, a dioxina espalhava sua toxina pela cadeia alimentar - o que teria gerado vários defeitos de nascença.
Segundo Nguyen Trong Nhan, o uso do agente laranja "foi uma pesada violação de direitos humanos da população civil e uma arma de destruição em massa".
Mas desde o fim da Guerra do Vietnã, Washington vem negando qualquer responsabilidade legal ou moral pelo legado tóxico que o agente laranja deixou no Vietnã.
Em janeiro de 2004, três vietnamitas, alegando terem sido vítimas de crimes de guerra, iniciaram um processo judicial contra a Monsanto, a Dow Chemicals e oito outras empresas multinacionais que usaram agente laranja e outros desfolhantes.
Defeitos de nascença
Na pequena comunidade de Cu Chi, que foi pesadamente atingida pelo agente laranja, a família de Tran Anh Kiet, de 21 anos, enfrenta os problemas do dia-a-dia.
Seus pés e mãos são deformados. Ele se contorce, com evidente dificuldade de locomoção e suas tentativas de falar se restringem a tristes grunhidos.
Kiet tem de ser alimentado com colher. Ele é um adulto preso no corpo de um menino de 15, com a idade mental de uma criança de seis. Ele é o que a população de seu vilarejo chama de um bebê do agente laranja.
No Vietnã, existem outras 150 mil crianças como ele, cujos defeitos de nascença, segundo a Cruz Vermelha vietnamita, podem ser rastreados até a exposição ao agente laranja que seus pais sofreram durante a guerra ou pelo consumo de comida ou água contaminada por dioxina desde 1975.
A associação Vava estima que 3 milhões de vietnamitas foram expostos ao agente químico durante a guerra e que, destes, 1 milhão enfrentam hoje sérios problemas de saúde devido à exposição.
Cerca de 150 mil crianças vietnamitas teriam sofrido efeitos do agente laranja
essse que te passei insere na esquerda Alguns destes são veteranos da guerra, que foram expostos às "nuvens químicas" durante o conflito. Muitos são fazendeiros que viviam da terra que foi atingida pelo herbicida. O agente laranja também atingiu uma segunda e uma terceira geração, afetadas pela exposição sofrida por seus pais.
Muitas das vítimas vivem em ex-bases militares americanas, como Bien Hoa, onde o agente laranja era estocado em grandes quantidades.
Arnold Scheiter, um americano especialista em contaminação por dioxina, examinou o solo da região em 2003 descobriu que ele continha um nível de TCDD 180 milhões acima do nível considerado seguro pela agência de proteção ambiental americana.
Milhões de galões de agente laranja foram despejados pelos Estados Unidos no Vietnã entre 1962 e 1970. O herbicida visava desfolhar a floresta e, assim, evidenciar esconderijos de guerrilheiros vietnamitas.
O agente laranja contém um dos mais fortes venenos existentes, uma variação da dioxina chamada TCCD. Após desfolhar a floresta, a dioxina espalhava sua toxina pela cadeia alimentar - o que teria gerado vários defeitos de nascença.
Segundo Nguyen Trong Nhan, o uso do agente laranja "foi uma pesada violação de direitos humanos da população civil e uma arma de destruição em massa".
Mas desde o fim da Guerra do Vietnã, Washington vem negando qualquer responsabilidade legal ou moral pelo legado tóxico que o agente laranja deixou no Vietnã.
Em janeiro de 2004, três vietnamitas, alegando terem sido vítimas de crimes de guerra, iniciaram um processo judicial contra a Monsanto, a Dow Chemicals e oito outras empresas multinacionais que usaram agente laranja e outros desfolhantes.
Defeitos de nascença
Na pequena comunidade de Cu Chi, que foi pesadamente atingida pelo agente laranja, a família de Tran Anh Kiet, de 21 anos, enfrenta os problemas do dia-a-dia.
Seus pés e mãos são deformados. Ele se contorce, com evidente dificuldade de locomoção e suas tentativas de falar se restringem a tristes grunhidos.
Kiet tem de ser alimentado com colher. Ele é um adulto preso no corpo de um menino de 15, com a idade mental de uma criança de seis. Ele é o que a população de seu vilarejo chama de um bebê do agente laranja.
No Vietnã, existem outras 150 mil crianças como ele, cujos defeitos de nascença, segundo a Cruz Vermelha vietnamita, podem ser rastreados até a exposição ao agente laranja que seus pais sofreram durante a guerra ou pelo consumo de comida ou água contaminada por dioxina desde 1975.
A associação Vava estima que 3 milhões de vietnamitas foram expostos ao agente químico durante a guerra e que, destes, 1 milhão enfrentam hoje sérios problemas de saúde devido à exposição.
Cerca de 150 mil crianças vietnamitas teriam sofrido efeitos do agente laranja
essse que te passei insere na esquerda Alguns destes são veteranos da guerra, que foram expostos às "nuvens químicas" durante o conflito. Muitos são fazendeiros que viviam da terra que foi atingida pelo herbicida. O agente laranja também atingiu uma segunda e uma terceira geração, afetadas pela exposição sofrida por seus pais.
Muitas das vítimas vivem em ex-bases militares americanas, como Bien Hoa, onde o agente laranja era estocado em grandes quantidades.
Arnold Scheiter, um americano especialista em contaminação por dioxina, examinou o solo da região em 2003 descobriu que ele continha um nível de TCDD 180 milhões acima do nível considerado seguro pela agência de proteção ambiental americana.
Fonte:
BBC Brasil/no distrito de Cu Chi, Vietnã
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380570/visualizar/
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