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Soja: Novas regras 'têm pouco efeito no curto prazo'
As novas regras do Ministério da Agricultura para a definição do nível máximo de produtos tóxicos (pesticidas e fungicidas, por exemplo) presentes na soja foram elogiadas pela associação dos produtores, mas terão poucos efeitos práticos no curto prazo porque a safra brasileira deste ano já acabou.
A mudança foi provocada, principalmente, pela recusa de importadores chineses de receber 249 mil toneladas de soja - dos 1,2 milhão de toneladas exportadas este ano pelo Brasil para o país – pela suposta concentração alta demais de fungicidas no carregamento.
"Antes, o Brasil não tinha nenhuma regulamentação e agora temos regras mais rígidas do que as dos produtores americanos. Este ano isto não tem mais influência nenhuma porque a soja brasileira é colhida até maio, mas para a próxima safra vamos ter estas referências para a negociação com a China e outros países", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Abrasoja), Ywao Miyamoto.
De acordo com a instrução divulgada pelo Ministério da Agricultura, a soja será considerada boa para exportação se tiver até um grão contaminado por quilo do produto. Segundo o Ministério da Agricultura, o nível de contaminação aceito na soja americana é de três grãos por quilo.
O diretor técnico da Associação Americana da Soja (entidade que reúne os produtores dos Estados Unidos), Kimball Nill, confirma o número, mas ressalva que a regulamentação americana proíbe a presença de qualquer traço do fungicida carboxin, exatamente o que provocou reclamações das autoridades chinesas.
Rigidez
Mas Nill admite que a mudança promovida pelo Brasil deve ajudar o país a retomar as vendas para o mercado chinês, embora não agora.
Segundo ele, a China está com seus estoques de soja cheios e, por hora, não deve buscar mais importações.
"Quando eles forem importar devem levar em consideração estas regras mais rígidas como um fator positivo para o Brasil. No entanto, a safra brasileira já acabou e, a partir de setembro, é a produção dos Estados Unidos que começa a ser escoada", disse.
Ywao Miyamoto diz que a questão que levou a China a reter carregamentos brasileiros foi mais comercial do que sanitária.
"Eles fizeram muitos contratos de soja mais cara e agora que o preço caiu no mercado mundial eles estão buscando meios de renegociar", diz o produtor.
A instrução publicada pelo Ministério da Agricultura define o limite de um grão contaminado por quilo como o máximo permitido pela lei brasileira, para a exportação, mas deixa espaço para possibilidade de negociação comercial citada pelo presidente da Abrasoja.
"Contratos privados entre produtores e importadores podem definir níveis mais baixos de toxicidade. Se a China, por exemplo, insistir na tolerância zero, um deságio pode ser negociado para a soja em condições diferente", explicou um assessor de imprensa do Ministério da Agricultura.
A mudança foi provocada, principalmente, pela recusa de importadores chineses de receber 249 mil toneladas de soja - dos 1,2 milhão de toneladas exportadas este ano pelo Brasil para o país – pela suposta concentração alta demais de fungicidas no carregamento.
"Antes, o Brasil não tinha nenhuma regulamentação e agora temos regras mais rígidas do que as dos produtores americanos. Este ano isto não tem mais influência nenhuma porque a soja brasileira é colhida até maio, mas para a próxima safra vamos ter estas referências para a negociação com a China e outros países", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Abrasoja), Ywao Miyamoto.
De acordo com a instrução divulgada pelo Ministério da Agricultura, a soja será considerada boa para exportação se tiver até um grão contaminado por quilo do produto. Segundo o Ministério da Agricultura, o nível de contaminação aceito na soja americana é de três grãos por quilo.
O diretor técnico da Associação Americana da Soja (entidade que reúne os produtores dos Estados Unidos), Kimball Nill, confirma o número, mas ressalva que a regulamentação americana proíbe a presença de qualquer traço do fungicida carboxin, exatamente o que provocou reclamações das autoridades chinesas.
Rigidez
Mas Nill admite que a mudança promovida pelo Brasil deve ajudar o país a retomar as vendas para o mercado chinês, embora não agora.
Segundo ele, a China está com seus estoques de soja cheios e, por hora, não deve buscar mais importações.
"Quando eles forem importar devem levar em consideração estas regras mais rígidas como um fator positivo para o Brasil. No entanto, a safra brasileira já acabou e, a partir de setembro, é a produção dos Estados Unidos que começa a ser escoada", disse.
Ywao Miyamoto diz que a questão que levou a China a reter carregamentos brasileiros foi mais comercial do que sanitária.
"Eles fizeram muitos contratos de soja mais cara e agora que o preço caiu no mercado mundial eles estão buscando meios de renegociar", diz o produtor.
A instrução publicada pelo Ministério da Agricultura define o limite de um grão contaminado por quilo como o máximo permitido pela lei brasileira, para a exportação, mas deixa espaço para possibilidade de negociação comercial citada pelo presidente da Abrasoja.
"Contratos privados entre produtores e importadores podem definir níveis mais baixos de toxicidade. Se a China, por exemplo, insistir na tolerância zero, um deságio pode ser negociado para a soja em condições diferente", explicou um assessor de imprensa do Ministério da Agricultura.
Fonte:
BBC Brasil/Washington
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380791/visualizar/
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