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Estudo comprova valor medicinal e nutricional de espécies da Amazônia
O valor medicinal e nutricional do piquiá e do amapá-doce, duas espécies florestais da região amazônica, foi comprovado em estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o Departamento para o Desenvolvimento do governo da Grã-Bretanha.
O óleo de piquiá, retirado do fruto, é tradicionalmente usado para aliviar dores musculares e reumatismo. O leite do amapá-doce, um tipo de látex extraído do tronco da árvore, é aplicado no tratamento de doenças como asma e bronquite.
Os testes fitoquímicos e farmacológicos com ratos comprovaram a ação antiinflamatória e analgésica do óleo e a ação antiinflamatória do leite. Quanto ao teste nutricional, o leite apresentou inclusive maior quantidade de sais minerais (magnésio, cálcio, etc.) e proteínas do que os leites de soja e de vaca. Para cada 100g, foram encontrados 120mg de cálcio, 70mg de fósforo, 60 mg de magnésio e até 7,13% de proteínas totais, valores bastante próximos ao que é recomendado na alimentação diária.
O projeto Dendrogene, desenvolvido pela Embrapa Amazônia Oriental, de Belém (PA), apresentou os resultados inéditos sobre estas plantas, além do tratamento de doenças em diversas regiões da Amazônia. O trabalho fez parte da dissertação de mestrado da pesquisadora Sílvia Galuppo.
O estudo foi iniciado em 2002 com o objetivo de testar o efeito medicinal dos dois produtos de acordo com o uso recomendado por uma comunidade tradicional. A pesquisadora esteve durante quatro meses na comunidade Piquiatuba, localizada na Floresta Nacional do Tapajós, na região oeste do Pará, para identificar a forma de exploração e os usos mais comuns dos produtos. p>Na etapa seguinte, os laboratórios de agroindústria da Embrapa, e de farmácia e de química de alimentos da Universidade Federal do Pará (UFPA) fizeram testes químicos, físicos, fitoquímicos e farmacológicos nos produtos. Segundo Sílvia Galuppo, a presença de compostos orgânicos, como esteróides, triterpenóides e outros, caracterizaram o óleo de piquiá e o leite de amapá como produtos fitoterápicos, medicamentos com componentes terapêuticos derivados exclusivamente de plantas.
A pesquisadora explicou que, a partir da descrição farmacológica realizada no seu trabalho, a comunidade já poderá inclusive regularizar a comercialização destes produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Galuppo enfatiza os cuidados necessários com o manejo das árvores para a obtenção de produtos medicinais, especialmente em relação ao leite do amapá-doce, que é obtido através de cortes no tronco das árvores. A preocupação é que o excesso e a profundidade dos cortes prejudiquem a produção, tornando a árvore fraca e comprometendo sua conservação no local. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O óleo de piquiá, retirado do fruto, é tradicionalmente usado para aliviar dores musculares e reumatismo. O leite do amapá-doce, um tipo de látex extraído do tronco da árvore, é aplicado no tratamento de doenças como asma e bronquite.
Os testes fitoquímicos e farmacológicos com ratos comprovaram a ação antiinflamatória e analgésica do óleo e a ação antiinflamatória do leite. Quanto ao teste nutricional, o leite apresentou inclusive maior quantidade de sais minerais (magnésio, cálcio, etc.) e proteínas do que os leites de soja e de vaca. Para cada 100g, foram encontrados 120mg de cálcio, 70mg de fósforo, 60 mg de magnésio e até 7,13% de proteínas totais, valores bastante próximos ao que é recomendado na alimentação diária.
O projeto Dendrogene, desenvolvido pela Embrapa Amazônia Oriental, de Belém (PA), apresentou os resultados inéditos sobre estas plantas, além do tratamento de doenças em diversas regiões da Amazônia. O trabalho fez parte da dissertação de mestrado da pesquisadora Sílvia Galuppo.
O estudo foi iniciado em 2002 com o objetivo de testar o efeito medicinal dos dois produtos de acordo com o uso recomendado por uma comunidade tradicional. A pesquisadora esteve durante quatro meses na comunidade Piquiatuba, localizada na Floresta Nacional do Tapajós, na região oeste do Pará, para identificar a forma de exploração e os usos mais comuns dos produtos. p>Na etapa seguinte, os laboratórios de agroindústria da Embrapa, e de farmácia e de química de alimentos da Universidade Federal do Pará (UFPA) fizeram testes químicos, físicos, fitoquímicos e farmacológicos nos produtos. Segundo Sílvia Galuppo, a presença de compostos orgânicos, como esteróides, triterpenóides e outros, caracterizaram o óleo de piquiá e o leite de amapá como produtos fitoterápicos, medicamentos com componentes terapêuticos derivados exclusivamente de plantas.
A pesquisadora explicou que, a partir da descrição farmacológica realizada no seu trabalho, a comunidade já poderá inclusive regularizar a comercialização destes produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Galuppo enfatiza os cuidados necessários com o manejo das árvores para a obtenção de produtos medicinais, especialmente em relação ao leite do amapá-doce, que é obtido através de cortes no tronco das árvores. A preocupação é que o excesso e a profundidade dos cortes prejudiquem a produção, tornando a árvore fraca e comprometendo sua conservação no local. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380976/visualizar/
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