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Nacional
Quinta - 10 de Junho de 2004 às 17:44

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O juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, acusado de liderar uma quadrilha envolvida em venda de sentenças judiciais, deve permanecer em Alagoas até a fase final do seu julgamento. A informação foi repassada por um dos delegados federais da Superintendência da Polícia Federal de Alagoas. Rocha Mattos foi transferido, na última terça-feira, da sede da Polícia Federal de Brasília, para a superintendência da Polícia Federal de Alagoas, que também recebeu o traficante Fernandinho Beira-Mar, por decisão da desembargadora Terezinha Cazerta, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, de São Paulo.

O juiz responde a um processo criminal por corrupção, tráfico de influência e venda de sentenças judiciais. O julgamento de Rocha Mattos e dos outros 11 envolvidos, presos durante a "Operação Anaconda", desencadeada em novembro do ano passado em vários estados do país, deve acontecer no segundo semestre deste ano.

Ontem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados de Rocha Mattos. Com a decisão do STJ, o juiz federal continua na carceragem da Polícia Federal, em Alagoas, onde permanece em uma cela especial, ao lado da cela que abrigou, por 38 dias, o traficante Fernando Beira-Mar. No seu primeiro dia em Alagoas, Rocha Mattos, teve direito a banho de sol, no pátio do prédio da PF, e recebeu a mesma alimentação dos outros presos sob custódia da PF de Alagoas. No entanto, não recebeu visitas.

Segundo à assessoria da Polícia Federal, o juiz Rocha Mattos não vem recebendo nenhum privilégio na carceragem - por ter curso superior, o juiz federal tem direito a cela especial- e terá direito a receber visitas, a princípio, às terças e quintas-feiras; manter contatos com seus advogados, que terão que agendar os horários e os dias para as visitas.

Os policiais federais, responsáveis pela custódia de Rocha Mattos, foram alertados sobre o temperamento violento do juiz Rocha Mattos. Quando estava na custódia da PF em Brasília, o juiz federal foi acusado de agredir um preso com golpes de jiu-jitsu e de se envolver em várias confusões. Rocha Mattos alegava que estava convivendo em condições "sub-humanas" na carceragem da Polícia Federal em Brasília. A principal reclamação era de que não tinha direito a banho quente na sua cela.




Fonte: JB Online

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