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Nacional
Quinta - 10 de Junho de 2004 às 17:30
Por: Eduardo Kattah

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Belo Horizonte - Dois presos foram executados a tiros no início da madrugada desta quinta-feira dentro do Hospital Pronto Socorro de Venda Nova, na zona norte de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, quatro homens encapuzados e armados invadiram o hospital e dois deles assumiram o controle da portaria. Outros dois entraram na unidade de emergência e renderam os dois agentes penitenciários que faziam a escolta do detento Luiz Carlos Rodrigues da Silva, de 38 anos, que se recuperava de uma intoxicação alimentar. Ele foi atingido por seis tiros na cabeça. Os homens encapuzados passaram então a procurar por Luciano Ferreira da Silva, 18 anos, suspeito de assalto, que havia sido preso ontem, após trocar tiros com policiais. Ele foi baleado no confronto e aguardava para ser submetido a uma cirurgia.

Um cabo da PM, identificado apenas como Maia, que fazia a segurança do suspeito, também foi rendido e teve que entregar a arma. Luciano levou três tiros na cabeça. Familiares, que não quiseram se identificar, informaram que ele estava sendo ameaçado de morte por policiais.

O presidente do Conselho Comunitário de Saúde do Pronto Socorro de Venda Nova, Celso de Oliveira, afirmou que já havia solicitado reforço no policiamento do hospital, o que ocorreu apenas no período diurno.

“Durante a noite nós não temos segurança nenhuma aqui e isso aí pode voltar a acontecer amanhã se não for tomada nenhuma providência”.

A direção do HPS de Venda Nova informou que a arma roubada do policial militar foi deixada na portaria pelos autores dos crimes. Até o início da tarde,nenhum suspeito havia sido preso. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios. O capitão Walter Anselmo, comandante da 13.ª Companhia do 14.º Batalhão da PM, disse que a corporação instaurou um procedimento administrativo para apurar os crimes.

Vingança – Na madrugada do último domingo, um caso semelhante ocorreu na capital mineira. O desempregado Ernandes Teixeira de Paiva, de 23 anos, levou dois tiros quando estava deitado numa maca, na sala de raio-x do setor de politraumatizados do Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Ele se preparava para ser operado. O carcereiro aposentado Marco Túlio Prata confessou o crime, alegando vingança. Segundo ele, horas antes, Ernandes teria baleado seu filho, o estudante de direito Vinício Prata Neto, 19 anos, em uma suposta tentativa de assalto.




Fonte: Estadão.com

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