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Cidades/Geral
Quinta - 10 de Junho de 2004 às 14:21

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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), concretizou uma parceria com o Ministério Público do Trabalho no combate ao trabalho escravo.

O assunto foi discutido ontem durante uma reunião realizada entre a promotora de Justiça Elisamara Sigles Vodonos e a procuradora-chefe substituta da Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª Região, Sueli Teixeira Bessa.

A proposta inicial, segundo a promotora de Justiça, é elaborar um diagnóstico sobre o trabalho escravo no Estado de Mato Grosso. Com base nessas informações, instituições como o Ministério Público Estadual, Procuradoria Regional do Trabalho e Polícia Federal vão elaborar estratégias de atuação.

O tema "trabalho escravo", segundo Elisamara Sigles, já vem sendo discutido em âmbito nacional, por meio do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). A iniciativa de se promover parcerias nos estados partiu da procuradora-geral do Trabalho, Sandra Lia Simón.

"Diante da iniciativa da Procuradora Geral do Trabalho, senti a necessidade de estabelecer um diálogo institucional com a Procuradoria Regional, haja vista a grande incidência da prática do trabalho escravo em nosso Estado", destacou a Promotora de Justiça.

Segundo ela, a Procuradoria Regional do Trabalho de Mato Grosso irá repassar ao MPE um relatório contendo as ações que atualmente tramitam na Justiça Comum estadual, em virtude da inexistência de Justiça Trabalhistas em algumas localidades, tendo como finalidade a busca de uma maior celeridade.

Identificação

A PRT23 também ficou incumbida de proceder a identificação de regiões com grande incidência da utilização de mão-de-obra escrava, a fim de promover ações conjuntas de cunho repressivo e preventivo.

No mês de agosto, o MPE e a Procuradoria Regional do Trabalho voltam a se reunir para apresentação e discussão do diagnóstico do trabalho escravo no Estado e, a partir daí, "será possível um planejamento estratégico visando erradicar essa chaga que envergonha o Brasil e, em especial, o Estado de Mato Grosso", destacou a procuradora-chefe substituta, Sueli Teixeira Bessa.




Fonte: Folha do Estado

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