Bomba destrói agência bancária e prédios no Chile

Uma bomba de alto poder de destruição explodiu na madrugada de hoje na zona sul de Santiago, no Chile, destruindo uma agência bancária e prédios vizinhos, mas ninguém ficou ferido, informou a Polícia chilena.

Um grupo desconhecido de rebeldes autodenominado "Julio Guerrero Operativo Sur", reivindicou o atentado em telefonema à Rádio Biobío de Santiago. Na ligação, o grupo explicou que o ataque foi em represália pelo atraso na votação de um projeto de lei que deve anistiar cerca de 40 presos políticos que estão na Penitenciária de Segurança Máxima de Santiago.

Julio Guerrero foi um dos 12 membros do esquerdista Frente Patriótico Manuel Rodríguez, que foram executados por agentes da ditadura passada na chamada "Operação Albânia", em junho de 1987.

A bomba foi detonada às 4h25 da madrugada, destruindo vários caixas eletrônicos e a frente da agência do BancoEstado, no bairro de La Cisterna. Os estilhaços atingiram também a agência bancária que fica do outro lado da rua e despedaçaram as vitrines de outros imóveis, em um raio de 50 metros, destacou a polícia.

O governo, através do subsecretário do Ministério do Interior, Jorge Correo Sutil, considerou em breve declaração que o atentado foi "particularmente preocupante" por seu alto poder de destruição.