Repórter News - reporternews.com.br
Mulheres já saem às ruas mas homens ainda não vão à cozinha
As mulheres latino-americanas conseguiram grandes avanços nas últimas duas gerações no que diz respeito a direitos, participação e oportunidades, mas ainda encontram desafios, pois apesar de saírem para trabalhar, os homens não assumiram as obrigações em casa.
"As mulheres síram às ruas, mas os homens não entraram na cozinha", afirmou à EFE a chefe da Unidade da Mulher e Desenvolvimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Sonia Montaño.
A Cepal é a organizadora da IX Conferência Regional sobre a Mulher, que será inaugurada hoje, quinat-feira, pelo presidente do México, Vicente Fox, e pelo secretário executivo dessa organização, José Luis Machinea.
Participam da reunião mais de cem representantes de governos, órgãos da ONU na região e organizações não-governamentais (ONG), e o encontro tem como objetivo avaliar o progresso obtido na última década e os desafios pendentes para a igualdade entre mulheres e homens.
Entre os avanços, Montaño destacou o fim de leis discriminatórias explícitas, a aprovação de normas sobre a violência contra a mulher e a adoção em muitos países de ações de discriminação positiva atravése do estabelecimento de cotas para os cargos públicos.
"A América Latina é a região com maiores avanços quanto ao legislativo. (Além disso), foram criadas instituições direcionadas ao combate à violência contra a mulher, serviços de saúde e saúde reprodutiva, acesso a anticoncepcionais e mais educação", afirmou.
Além disso, nos últimos anos houve um grande crescimento de mulheres no poder, principalmente no Legislativo, um pouco menos nos municípios e de forma mais inexpressiva no Executivo.
"A presença da mulher no Poder Executivo ainda é muito volátil, depende muito da mudança de governo e de sua estabilidade. Por exemplo, há governos que iniciam sua gestão com 40 por cento de ministras e terminam com 100 por cento de homens", afirmou.
Outro fenômeno que demonstra a crescente participação das mulheres na esfera do trabalho é sua crescente presença no setor público, com salários mais baixos mas empregos mais estáveis que nas empresas privadas, preferidas pelos homens.
"Considerando as duas últimas gerações, fica claro que a mulher avançou muito na América Latina. Principalmente se comparado a outras regiões como a África, o mundo árabe e alguns países do Leste Europeu", destacou.
No entanto, ressaltou que há muitos desafios, como reduzir a diferença salarial entre homens e mulheres, melhorar seu acesso a oportunidades de trabalho e educação, e superar a discriminação".
A conferência regional sobre a mulher será focada em dois grandes temas: a pobreza e o desenvolvimento institucional e a participação política.
Espera-se que suas conclusões ajudem os governos a fortalecer suas políticas sociais e perceber a necessidade de maiores recursos com uma política redistributiva na região através de um "pacto fiscal".
Montaño enfatizou que se os índices de distribuição de renda na América Latina melhorarem, a meta do milênio de reduzir a pobreza pela metade poderá ser cumprida.
Nesse sentido, insistiu na necessidade de uma política econômica com mais ênfase social, que incentive cadeias produtivas e modifique as normas do protecionismo que ainda ainda nos países ricos e que relegam às mulheres as partes mais fracas da cadeia.
Segundo dados da Cepal, na América Latina há 227 milhões de pobres (44,4 por cento da população), dos quais 102 milhões (20 por cento) são indigentes, em sua maioria mulheres, indígenas ou negras e chefes de família.
"As mulheres síram às ruas, mas os homens não entraram na cozinha", afirmou à EFE a chefe da Unidade da Mulher e Desenvolvimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Sonia Montaño.
A Cepal é a organizadora da IX Conferência Regional sobre a Mulher, que será inaugurada hoje, quinat-feira, pelo presidente do México, Vicente Fox, e pelo secretário executivo dessa organização, José Luis Machinea.
Participam da reunião mais de cem representantes de governos, órgãos da ONU na região e organizações não-governamentais (ONG), e o encontro tem como objetivo avaliar o progresso obtido na última década e os desafios pendentes para a igualdade entre mulheres e homens.
Entre os avanços, Montaño destacou o fim de leis discriminatórias explícitas, a aprovação de normas sobre a violência contra a mulher e a adoção em muitos países de ações de discriminação positiva atravése do estabelecimento de cotas para os cargos públicos.
"A América Latina é a região com maiores avanços quanto ao legislativo. (Além disso), foram criadas instituições direcionadas ao combate à violência contra a mulher, serviços de saúde e saúde reprodutiva, acesso a anticoncepcionais e mais educação", afirmou.
Além disso, nos últimos anos houve um grande crescimento de mulheres no poder, principalmente no Legislativo, um pouco menos nos municípios e de forma mais inexpressiva no Executivo.
"A presença da mulher no Poder Executivo ainda é muito volátil, depende muito da mudança de governo e de sua estabilidade. Por exemplo, há governos que iniciam sua gestão com 40 por cento de ministras e terminam com 100 por cento de homens", afirmou.
Outro fenômeno que demonstra a crescente participação das mulheres na esfera do trabalho é sua crescente presença no setor público, com salários mais baixos mas empregos mais estáveis que nas empresas privadas, preferidas pelos homens.
"Considerando as duas últimas gerações, fica claro que a mulher avançou muito na América Latina. Principalmente se comparado a outras regiões como a África, o mundo árabe e alguns países do Leste Europeu", destacou.
No entanto, ressaltou que há muitos desafios, como reduzir a diferença salarial entre homens e mulheres, melhorar seu acesso a oportunidades de trabalho e educação, e superar a discriminação".
A conferência regional sobre a mulher será focada em dois grandes temas: a pobreza e o desenvolvimento institucional e a participação política.
Espera-se que suas conclusões ajudem os governos a fortalecer suas políticas sociais e perceber a necessidade de maiores recursos com uma política redistributiva na região através de um "pacto fiscal".
Montaño enfatizou que se os índices de distribuição de renda na América Latina melhorarem, a meta do milênio de reduzir a pobreza pela metade poderá ser cumprida.
Nesse sentido, insistiu na necessidade de uma política econômica com mais ênfase social, que incentive cadeias produtivas e modifique as normas do protecionismo que ainda ainda nos países ricos e que relegam às mulheres as partes mais fracas da cadeia.
Segundo dados da Cepal, na América Latina há 227 milhões de pobres (44,4 por cento da população), dos quais 102 milhões (20 por cento) são indigentes, em sua maioria mulheres, indígenas ou negras e chefes de família.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/381069/visualizar/
Comentários