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Economia
Terça - 08 de Junho de 2004 às 14:52

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A situação do setor madeireiro na região Norte de Mato Grosso continua critica devido as exigências do Ministério do Meio Ambiente de averbação de áreas de extração de madeira em 80%. O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad) vem buscando, há meses, convencer o Ministério do Meio Ambiente que o setor não consegue atender essan exigência e pede que volte a vigorar a medida que estabelece averbação de 50% das áreas.

A bancada federal mato-grossense foi mobilizada para pressionar o governo por uma solução, mas nada ainda foi resolvido. O setor madeireiro pode começar, nos próximos dias, a demissão de 11 mil funcionários porque não consegue extrair toras para beneficiá-las e cumprir os acordos comerciais.

O presidente do Sindusmad, Sidnei Bellincanta, mandou uma carta aos associados, há poucos dias, fazendo um desabafo.
Estão induzindo a morte as nossas florestas ao invés de protegê-las. Senhores, industriários, espero vê-los ao nosso lado com braços erguidos e carregando nossa reivindicação em nosso manifesto em Cuiabá, no próximo dia 21/06. Da mesma forma, espero contar com o seu apoio na ocupação de todas as agências e gerências, imobilização das viaturas a trabalho do IBAMA e do MMA. Paramos nós. Param eles também!

Estaremos comunicando oficialmente os órgãos que serão ocupados, pois esperamos que seja uma ocupação pacífica e ordeira, evitando assim a violência. Lamentamos que a situação tenha atingido tal gravidade. Fizemos o possível para isso não acontecer, mas agora nada impedirá o nosso movimento.

Aconselho a todos que tomem as providências necessárias para sanar os problemas particulares de suas empresas, sem esperar que o IBAMA ou MMA tomem medidas coerentes, pois nós já não acreditamos nisso.

Os empregos que tanto defendemos e pedimos para mantê-los serão sacrificados. Diante disso, eu peço uma trégua, e lavo as minhas mãos. Para aqueles que duvidaram da possibilidade de 11.000 demissões, peço para que olhem à sua volta, pois elas já começaram.

Dizer que o problema social não é problema afeto ao Meio Ambiente é um erro. Manejo Florestal liberado não é erro. É garantia de desenvolvimento sustentado do ponto de vista econômico, social e ambiental, porquanto é a única política séria de garantia da conservação da floresta. Se existe algum erro nos manejos, é problema de ordem administrativo e de execução, pois se tivéssemos defensores verdadeiros dos PMFS no IBAMA e MMA, certamente já estariam resolvidos.

A propósito, é estranho o comportamento do MMA/IBAMA no que se refere ao manejo florestal, pois, só neste ano, receberam €35.000.000,00 através do PPG-7, recurso este que deveria ser utilizado no investimento do aprimoramento dos Projetos de Manejo Florestal. Entretanto, durante a vigência da cooperação do G7, efetivamente, pouco resultado foi alcançado. Isto se deve ao conflito interno entre o que o MMA/IBAMA prega e o que é praticado. A sensação é que o objetivo maior do MMA/IBAMA é vender MEIO AMBIENTE e não fazer MEIO AMBIENTE!

Sidnei Ari Bellincanta Presidente do SINDUSMAD"




Fonte: Da Redação

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