Controle remoto é o centro das disputas conjugais

O controle remoto da televisão, verdadeiro objeto do desejo, está no centro das disputas conjugais, acima de qualquer outro problema doméstico, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira pela emissora britânica via satélite UKTV. A pesquisa, feita com 1.153 mulheres, indicou que 50% dos casais brigam regularmente para saber o que vão assistir, sobretudo se o programa em questão é uma partida de futebol ou um programa de "reality show".

Segundo a especialista em relacionamento familiar, Virginie Ironside, o controle remoto é um símbolo de poder. "Não é simplesmente uma questão de quem assiste o que. É um enorme problema, uma metáfora para saber como o poder é administrado dentro de uma relação", explicou.

Segundo o estudo, apenas 10% das mulheres disseram ter condições de decidir regularmente os programas que vão assistir e que não existe acordo nesta questão. "Quando os homens se sentem ameaçados pela independência crescente das mulheres, o domínio do controle remoto se torna um forte símbolo de poder", revelou Ironside.

Fugindo à regra, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, confessou em entrevista à emissora privada independente ITV que deixa o controle remoto com seus filhos. Perguntado se encontra tempo disponível para assistir à TV com seus filhos, Blair respondeu: "Sim. Mas eu devo dizer que eles ficam com o controle".