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Israel aceitará mais forças egípcias na fronteira de Gaza
Israel aceitará o envio de outros 130 agentes de segurança egípcios na fronteira com a Faixa de Gaza, para impedir o tráfico de armas com destino à região autônoma palestina quando o exército israelense se retirar.
Trata-se de um número de forças que excede o estabelecido no tratado de paz que Israel e Egito assinaram em 1978, que desde então limita a presença de tropas nos dois lados da fronteira, disse nesta segunda-feira o jornal "Ha'aretz" em sua edição eletrônica.
A decisão foi informada hoje pelo ministro de Exteriores israelense, Silvan Shalom, ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, na reunião entre ambos no Cairo, dentro dos preparativos de Israel para se retirar da faixa autônoma palestina, em 2005.
Israel pedira a presença de um número maior de tropas na região de Rafah, pois por ela as milícias palestinas contrabandeiam parte de suas armas, através de túneis subterrâneos que ligam os dois lados da cidade, que é dividida entre o Egito e a Faixa de Gaza.
O Egito temia que a presença de mais tropas exigisse uma emenda do tratado de paz, o que abriria a possibilidade de que grupos internos de oposição pedissem outras mudanças ou a própria anulação do histórico acordo em resposta à repressão israelense à intifada de Al-Aksa.
O Egito foi o primeiro país árabe a assinar a paz com Israel, embora as relações entre os dois governos sejam frias.
O ex-embaixador egípcio em Israel, Muhamad Basiuni, disse neste domingo que não será necessário mudar o tratado de paz, porque se tratará de um tipo de força militar permitida pelo acordo.
Em entrevista coletiva concedida hoje no Cairo com o assessor presidencial Osama El-Baz, Shalom concordou com essa interpretação.
"Estamos muito perto de alcançar um acordo com o Egito que permitirá o envio de mais de cem homens, mais de cem soldados, para ficar na parte egípcia da fronteira", afirmou Shalom.
Para refutar possíveis críticas das milícias palestinas ou de grupos radicais árabes, El-Baz disse que "não se trata de fazer algo por Israel, (mas) de que temos nossa visão particular de qual é o papel que o Egito deve ter para melhorar a situação nos territórios palestinos".
A visita de Shalom ao Egito segue-se à decisão, tomada neste domingo pelo governo israelense, de começar a preparar os planos de retirada de Gaza.
No entanto, apenas em março de 2005 o Executivo do premier Ariel Sharon debaterá a evacuação dos assentamentos judaicos.
Israel procura há muito tempo a cooperação egípcia do outro lado da fronteira para impedir o contrabando de armas para a Faixa de Gaza, pois também deseja retirar-se da região fronteiriça, que controla ininterruptamente desde 1967.
Shalom também discutiria hoje com o governo egípcio o envio de aproximadamente 80 agentes de segurança a Gaza para treinar as forças da ordem da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A chegada dos monitores deve ocorrer daqui a dez dias, depois de o presidente da ANP, Yasser Arafat, autorizá-la e aceitar uma série de reformas exigidas pelo Cairo.
Trata-se de um número de forças que excede o estabelecido no tratado de paz que Israel e Egito assinaram em 1978, que desde então limita a presença de tropas nos dois lados da fronteira, disse nesta segunda-feira o jornal "Ha'aretz" em sua edição eletrônica.
A decisão foi informada hoje pelo ministro de Exteriores israelense, Silvan Shalom, ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, na reunião entre ambos no Cairo, dentro dos preparativos de Israel para se retirar da faixa autônoma palestina, em 2005.
Israel pedira a presença de um número maior de tropas na região de Rafah, pois por ela as milícias palestinas contrabandeiam parte de suas armas, através de túneis subterrâneos que ligam os dois lados da cidade, que é dividida entre o Egito e a Faixa de Gaza.
O Egito temia que a presença de mais tropas exigisse uma emenda do tratado de paz, o que abriria a possibilidade de que grupos internos de oposição pedissem outras mudanças ou a própria anulação do histórico acordo em resposta à repressão israelense à intifada de Al-Aksa.
O Egito foi o primeiro país árabe a assinar a paz com Israel, embora as relações entre os dois governos sejam frias.
O ex-embaixador egípcio em Israel, Muhamad Basiuni, disse neste domingo que não será necessário mudar o tratado de paz, porque se tratará de um tipo de força militar permitida pelo acordo.
Em entrevista coletiva concedida hoje no Cairo com o assessor presidencial Osama El-Baz, Shalom concordou com essa interpretação.
"Estamos muito perto de alcançar um acordo com o Egito que permitirá o envio de mais de cem homens, mais de cem soldados, para ficar na parte egípcia da fronteira", afirmou Shalom.
Para refutar possíveis críticas das milícias palestinas ou de grupos radicais árabes, El-Baz disse que "não se trata de fazer algo por Israel, (mas) de que temos nossa visão particular de qual é o papel que o Egito deve ter para melhorar a situação nos territórios palestinos".
A visita de Shalom ao Egito segue-se à decisão, tomada neste domingo pelo governo israelense, de começar a preparar os planos de retirada de Gaza.
No entanto, apenas em março de 2005 o Executivo do premier Ariel Sharon debaterá a evacuação dos assentamentos judaicos.
Israel procura há muito tempo a cooperação egípcia do outro lado da fronteira para impedir o contrabando de armas para a Faixa de Gaza, pois também deseja retirar-se da região fronteiriça, que controla ininterruptamente desde 1967.
Shalom também discutiria hoje com o governo egípcio o envio de aproximadamente 80 agentes de segurança a Gaza para treinar as forças da ordem da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A chegada dos monitores deve ocorrer daqui a dez dias, depois de o presidente da ANP, Yasser Arafat, autorizá-la e aceitar uma série de reformas exigidas pelo Cairo.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/381473/visualizar/
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