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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 05 de Junho de 2004 às 12:40

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Ficar milionário, ou, na "pior" das hipóteses, muito rico, da noite para o dia. Alimentando-se desse sonho e dos inevitáveis planos que o acompanham, apostadores de todo o Brasil fizeram a Mega Sena acumulada atingir o terceiro maior prêmio de sua história.

A estimativa é que o acertador das seis dezenas sorteadas hoje ganhe por volta de R$ 45 milhões, o que dá para comprar, por exemplo, 45 apartamentos de alto padrão na cidade de São Paulo.

O administrador Cléber Sanches, 30, não é tão ambicioso. "A primeira coisa [a fazer] seria pagar todas as contas", diz. Já a advogada Elisabeth Orlandi, 52, quer viajar pelo mundo, e o porteiro Francisco de Souza Lima, 44, só pensa em voltar ao Maranhão.

Segundo a Caixa Econômica Federal, a chance de um apostador acertar a sena com só um jogo (R$ 1,5) é de 1 em 50 milhões. É 667 vezes mais difícil do que acertar o primeiro prêmio da Loteria Federal, diz o matemático José Dutra Vieira Sobrinho. A chance de apenas um cartão sair vencedor é a mesma de não haver nenhum sortudo: 37%.

De todas as 179 extrações da Mega Sena desde sua criação, em 1996, 43 prêmios máximos foram para paulistas (24%), que são os que mais apostam.

O recorde pago até agora, R$ 64,9 milhões, foi para um jogador de Salvador, em 1999. O sorteio de hoje é às 20h, em São Joaquim da Barra (384 km de SP). A Caixa aceita jogos até as 19h (hora de Brasília).

Campo Grande e Fortaleza Em 14 de junho de 1999, o analista de sistemas Maurício Mariano, agora com 37 anos, deveria ter recebido R$ 1,6 milhão. Não ganhou porque a lotérica em Campo Grande (MS), onde apostou, deixou de registrar os bilhetes nos computadores da CEF.

"Continuo fazendo a aposta do mesmo jeito", disse Mariano à Agência Folha. Ele, que tem renda mensal de R$ 1.500, gastou R$ 30 na compra de um "bolão" --jogo pronto-- para o sorteio de hoje.

Por esse mesmo sistema de aposta, Mariano comprou, em junho de 1999, bilhetes em uma lotérica junto com mais quatro pessoas. Como os bilhetes deles não foram registrados nos computadores da CEF, um apostador do Rio levou sozinho R$ 16.052.410.

Não fosse a falha da lotérica, o prêmio teria sido dividido. "Se analisar pela probalidade, não tenho chances [de ganhar de novo], mas levo em conta a sorte", diz.

A lotérica foi fechada pela CEF após a falha ser descoberta. Mariano entrou ainda em 1999 com uma ação indenizatória na Justiça contra a CEF. A assessoria da Caixa informou ontem que só poderá dar informações sobre a ação na próxima segunda-feira.

Assim como Mariano, o professor Valdísio Viana, 50, de Fortaleza, não deixa há 20 anos de fazer uma aposta de loteria da CEF, sempre que há prêmios acumulados. Nos últimos três anos, ele se juntou a cinco amigos para dividir um "bolão". Apenas nas últimas rodadas em que a Mega Sena ficou acumulada, o grupo gastou R$ 650. "O custo é alto, mas a chance de ganhar uma bolada é muito estimulante", disse.




Fonte: Primeira Hora

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