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Milhões de crianças nos EUA sofrem crise alimentar, diz relatório
Perto de 35 milhões de pessoas enfrentam uma crise alimentar nos Estados Unidos, entre elas cerca de 13 milhões de crianças, e a pobreza obriga a muitos a "pular" as refeições, segundo um relatório divulgado hoje, quinta-feira.
O Fundo para a Defesa das Crianças (CDF, em inglês) divulgou o relatório sobre a crise alimentícia entre milhões de pessoas pobres nos EUA, no marco do "Dia Nacional de Conscientização sobre a Fome", que acontece hoje.
O relatório, que se baseia em dados de 2002 e 2003 dos departamentos do Censo e de Agricultura, aponta que 13 milhões de crianças enfrentam "insegurança alimentar" nos EUA, ou seja, o persistente problema de acesso a uma boa nutrição para manter-se em bom estado de saúde.
A crise é tal que, desse grupo, 567.000 menores "passaram fome" totalmente, uma realidade "indignante" para um país rico como os Estados Unidos, comentou Deborah Cutler-Ortiz, diretora de assuntos familiares do CDF.
Em 2002, por exemplo, 22 por cento dos lares formados por negros e 21,7 por cento dos formados por hispânicos enfrentaram uma crise alimentícia, em comparação com os 12 por cento entre os brancos, segundo o relatório.
"A tragédia da fome entre as crianças se deriva do enorme impacto que isto tem tanto nas crianças como em nossa nação. Estas crianças tendem a ficar piores, a ter problemas na escola e a ficar mal com seus companheiros e, além disso, demonstram níveis mais altos de ansiedade", explicou o especialista.
Advertiu que, a longo prazo, se este problema não for atendido adequadamente, a sociedade americana sofrerá seus efeitos, porque estas crianças na vida adulta terão mais problemas de rendimento escolar, mais despesas de saúde e menos produtividade laboral.
A pobreza, em resumo, encontra um "efeito dominó" porque justamente devido a seus poucos recursos, milhões de pessoas têm que recorrer a diversas fontes públicas ou privadas de assistência alimentícia, como albergues, "bancos de comida", e refeitórios públicos.
O CDF acredita que, no entanto, nem tudo está perdido, e que o governo dos EUA pode eliminar o problema da fome no país.
Além disso, afirmou que diversos programas federais de assistência social, entre eles os dos cupons de comida e das refeições escolares, servem de grande ajuda para milhares de pessoas, mas "não provêem os serviços que todas as famílias afetadas necessitam, e muitos, inclusive, enfrentam cortes orçamentários".
Por isso, o CDF promove, como solução a longo prazo, que o governo e o Congresso elaborem em conjunto políticas sociais que, entre outras coisas, aumentem os salários da classe trabalhadora; melhorem os programas de casa e aumentem a assistência social para as crianças.
"Em um país tão rico como os EUA, com tanta comida disponível, ninguém deve viver com a incerteza de onde virá sua próxima refeição nem deve ter experiências de sentir fome", apontou o relatório.
O Fundo para a Defesa das Crianças (CDF, em inglês) divulgou o relatório sobre a crise alimentícia entre milhões de pessoas pobres nos EUA, no marco do "Dia Nacional de Conscientização sobre a Fome", que acontece hoje.
O relatório, que se baseia em dados de 2002 e 2003 dos departamentos do Censo e de Agricultura, aponta que 13 milhões de crianças enfrentam "insegurança alimentar" nos EUA, ou seja, o persistente problema de acesso a uma boa nutrição para manter-se em bom estado de saúde.
A crise é tal que, desse grupo, 567.000 menores "passaram fome" totalmente, uma realidade "indignante" para um país rico como os Estados Unidos, comentou Deborah Cutler-Ortiz, diretora de assuntos familiares do CDF.
Em 2002, por exemplo, 22 por cento dos lares formados por negros e 21,7 por cento dos formados por hispânicos enfrentaram uma crise alimentícia, em comparação com os 12 por cento entre os brancos, segundo o relatório.
"A tragédia da fome entre as crianças se deriva do enorme impacto que isto tem tanto nas crianças como em nossa nação. Estas crianças tendem a ficar piores, a ter problemas na escola e a ficar mal com seus companheiros e, além disso, demonstram níveis mais altos de ansiedade", explicou o especialista.
Advertiu que, a longo prazo, se este problema não for atendido adequadamente, a sociedade americana sofrerá seus efeitos, porque estas crianças na vida adulta terão mais problemas de rendimento escolar, mais despesas de saúde e menos produtividade laboral.
A pobreza, em resumo, encontra um "efeito dominó" porque justamente devido a seus poucos recursos, milhões de pessoas têm que recorrer a diversas fontes públicas ou privadas de assistência alimentícia, como albergues, "bancos de comida", e refeitórios públicos.
O CDF acredita que, no entanto, nem tudo está perdido, e que o governo dos EUA pode eliminar o problema da fome no país.
Além disso, afirmou que diversos programas federais de assistência social, entre eles os dos cupons de comida e das refeições escolares, servem de grande ajuda para milhares de pessoas, mas "não provêem os serviços que todas as famílias afetadas necessitam, e muitos, inclusive, enfrentam cortes orçamentários".
Por isso, o CDF promove, como solução a longo prazo, que o governo e o Congresso elaborem em conjunto políticas sociais que, entre outras coisas, aumentem os salários da classe trabalhadora; melhorem os programas de casa e aumentem a assistência social para as crianças.
"Em um país tão rico como os EUA, com tanta comida disponível, ninguém deve viver com a incerteza de onde virá sua próxima refeição nem deve ter experiências de sentir fome", apontou o relatório.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/381729/visualizar/
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