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Com boa produtividade, MT lidera criação de bovinos
O custo de produção mais baixo e a maior disponibilidade de terras está fazendo com que o estado de Mato Grosso desponte como o maior rebanho nacional de bovinos, segundo levantamento da FNP Consultoria. Em 2004, o estado deve assumir a liderança, anteriormente do vizinho Mato Grosso do Sul, com um total de 20,2 milhões de animais. ´
Segundo dados da consultoria, desde 2000 a quantidade de bovinos criados no estado tem crescido em Mato Grosso, enquanto em Mato Grosso do Sul o plantel diminuiu. Pesquisa mostra ainda que o preço da terra em Mato Grosso é até 100% inferior ao de Mato Grosso do Sul.
José Vicente Ferraz, da FNP Consultoria, diz que há migração de pecuaristas do Sudeste e Mato Grosso do Sul para aquele estado devido às terras mais baratas, principalmente no norte e centro-norte. Um hectare de pasto em Vila Rica (MT), próximo à divisa com o Pará, está avaliado em R$ 1.227, enquanto em Bodoquena (MS) custa R$ 2.620. Em Uberaba (MG), tradicional região de pecuária, o preço é ainda mais alto: R$ 5,6 mil por hectare.
"Os pecuarista estão investindo em lugares com terras mais baratas", diz Antônio Carlos Carvalho de Sousa, gerente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa/MT). Segundo Anderson Cesconeto, assessor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em seu estado tem aumentado o descarte de matrizes, devido à redução da rentabilidade da atividade. "A expansão da área de pastagem no Mato Grosso é maior do que na de Mato Grosso do Sul", diz. O determinante para isso é o fato de Mato Grosso do Sul ter mais de metade de seu pasto degradado.
O assessor da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) diz que o custo de produção menor como atrativo para o crescimento da pecuária em Mato Grosso. A diferença de variação de custos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul chega a mais de 25%.
Para o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, a qualidade do rebanho mato-grossense é outro fator de incentivo à produção no estado. Segundo ele, o programa de sanidade do governo garante aos compradores um gado livre de aftosa e de raiva. "Além disso, temos o chamado ‘boi verde’, criado a pasto". Ele garante que o crescimento não está associado, no entanto, a nenhum incentivo fiscal do governo.
Clima definido
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Anildo Lima Barros, diz que o estado é propício para a agropecuária porque tem clima definido, área disponível e boa localização geográfica. "Temos um potencial grande de área apropriada para a pecuária com preços acessível", diz.
O pecuarista Mário Candia, resolveu investir no norte de Mato Grosso. Com propriedade próxima a Cuiabá, Candia procurou uma propriedade em Alta Floresta, buscando maior produtividade e menor custo de produção. Segundo ele, a região possui terras sadias, que permitem criação extensiva, clima com menor tempo de seca, deixando o pasto verde por um período maior e, também terras mais baratas.
Candia diz que, com estes atrativos, a pecuária no norte do estado consegue produtividade maior. Em comparação com sua outra propriedade, o ganho de peso dos animais é de 30% a 40% superior. Além disso, a região tem frigoríficos, o que possibilita escoar a produção. O pecuarista diz que, apesar de o preço da arroba ser inferior ao praticado próximo à capital, os atrativos do norte compensam a criação.
Segundo dados da consultoria, desde 2000 a quantidade de bovinos criados no estado tem crescido em Mato Grosso, enquanto em Mato Grosso do Sul o plantel diminuiu. Pesquisa mostra ainda que o preço da terra em Mato Grosso é até 100% inferior ao de Mato Grosso do Sul.
José Vicente Ferraz, da FNP Consultoria, diz que há migração de pecuaristas do Sudeste e Mato Grosso do Sul para aquele estado devido às terras mais baratas, principalmente no norte e centro-norte. Um hectare de pasto em Vila Rica (MT), próximo à divisa com o Pará, está avaliado em R$ 1.227, enquanto em Bodoquena (MS) custa R$ 2.620. Em Uberaba (MG), tradicional região de pecuária, o preço é ainda mais alto: R$ 5,6 mil por hectare.
"Os pecuarista estão investindo em lugares com terras mais baratas", diz Antônio Carlos Carvalho de Sousa, gerente do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa/MT). Segundo Anderson Cesconeto, assessor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), em seu estado tem aumentado o descarte de matrizes, devido à redução da rentabilidade da atividade. "A expansão da área de pastagem no Mato Grosso é maior do que na de Mato Grosso do Sul", diz. O determinante para isso é o fato de Mato Grosso do Sul ter mais de metade de seu pasto degradado.
O assessor da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) diz que o custo de produção menor como atrativo para o crescimento da pecuária em Mato Grosso. A diferença de variação de custos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul chega a mais de 25%.
Para o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Décio Coutinho, a qualidade do rebanho mato-grossense é outro fator de incentivo à produção no estado. Segundo ele, o programa de sanidade do governo garante aos compradores um gado livre de aftosa e de raiva. "Além disso, temos o chamado ‘boi verde’, criado a pasto". Ele garante que o crescimento não está associado, no entanto, a nenhum incentivo fiscal do governo.
Clima definido
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Anildo Lima Barros, diz que o estado é propício para a agropecuária porque tem clima definido, área disponível e boa localização geográfica. "Temos um potencial grande de área apropriada para a pecuária com preços acessível", diz.
O pecuarista Mário Candia, resolveu investir no norte de Mato Grosso. Com propriedade próxima a Cuiabá, Candia procurou uma propriedade em Alta Floresta, buscando maior produtividade e menor custo de produção. Segundo ele, a região possui terras sadias, que permitem criação extensiva, clima com menor tempo de seca, deixando o pasto verde por um período maior e, também terras mais baratas.
Candia diz que, com estes atrativos, a pecuária no norte do estado consegue produtividade maior. Em comparação com sua outra propriedade, o ganho de peso dos animais é de 30% a 40% superior. Além disso, a região tem frigoríficos, o que possibilita escoar a produção. O pecuarista diz que, apesar de o preço da arroba ser inferior ao praticado próximo à capital, os atrativos do norte compensam a criação.
Fonte:
Gazeta Mercantil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/381800/visualizar/
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