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Exportação de milho será 39% maior
Vendas externas do grão são 190% superiores, totalizando 2,7 milhões de toneladas. As exportações de milho em cinco meses superaram as vendas externas no mesmo período de 2003. De janeiro a maio, as remessas internacionais foram de 2,7 milhões de toneladas, um volume 190% superior a igual período do ano passado. O volume é recorde para a época. Tradicionalmente, as exportações de milho são mais intensas no segundo semestre. A expectativa é que neste ano o Brasil exporte 5 milhões de toneladas 39% a mais em relação ao ano passado.
O grande estoque de passagem brasileiro de 2003 e os preços baixos no início deste ano foram determinantes para o aumento das remessas internacionais. Além disso, os baixos estoques mundiais têm feito com que os compradores procurem mais o Brasil. Em 2003, o País vendeu ao exterior 3,6 milhões de toneladas do grão. O volume comercializado até o momento representa 77% do total de 2003.
Apenas em janeiro e fevereiro, período da colheita e de preços baixos no mercado interno, o País exportou 1,6 milhão de toneladas. "Era preciso, também, abrir espaço para a soja", diz o consultor Carlos Cogo. Segundo ele, além do aumento das remessas internacionais, outro fenômeno verificado este ano foi a exportação de Mato Grosso, que tradicionalmente comercializa para o Nordeste. "Em alguns períodos do ano, era mais atrativo comprar de Mato Grosso, do que do interior do Paraná". Mas ele garante que cerca de 90% das vendas externas saem do Paraná.
A receita com o produto exportado também cresceu. De janeiro a maio, o Brasil vendeu ao exterior US$ 318 milhões, aumento de 220% em relação aos US$ 99,2 milhões do mesmo período de 2003.
Nos últimos dias as vendas externas têm sido pequenas, mas devem aquecer, segundo analistas, a partir da colheita da safrinha, que se intensifica em julho. Para o consultor Carlos Cogo, a demanda crescerá no segundo semestre, período em que tradicionalmente o volume exportado é maior, pois os estoques mundiais estão baixos.
Para consultores, se as exportações recordes se confirmarem, o estoque de passagem para 2005 será muito apertado, deixando o País dependente da safrinha, que é muito suscetível a adversidades climáticas.
"O governo não motivou a safrinha, como no ano passado", diz Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Até o momento, diz ele, o clima está perfeito, mas uma geada pode mudar o quadro de abastecimento. Cerca de 50% da segunda safra de milho está cultivada em área de risco de geada. "Se a safrinha for normal, o que vai pesar no abastecimento é o volume de exportação", conclui.
Para a consultoria, o estoque de passagem para a próxima safra será de apenas dois milhões de toneladas, suficiente para o consumo de 15 dias. O analista Deives Farias da Silva, da FNP Consultoria, diz que, no momento, o abastecimento está garantido, mas as exportações recordes podem deixar o quadro de oferta e demanda muito ajustados. "Com isso, os preços ficarão sustentados", afirma.
Carlos Eduardo Tavares, analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), diz que o abastecimento está garantido porque a safrinha será boa.
"Não há perspectiva de geada por enquanto, mas baixas temperaturas prolongadas também podem afetar o grão", diz Silva. O consultor Carlos Cogo diz que, por outro lado, se o clima continuar bom, o País deve superar as 9,7 milhões de toneladas de milho segunda safra estimadas pela Conab. "Só teremos problemas de abastecimento se a produção da safrinha for inferior a 8 milhões de toneladas", afirma.
O grande estoque de passagem brasileiro de 2003 e os preços baixos no início deste ano foram determinantes para o aumento das remessas internacionais. Além disso, os baixos estoques mundiais têm feito com que os compradores procurem mais o Brasil. Em 2003, o País vendeu ao exterior 3,6 milhões de toneladas do grão. O volume comercializado até o momento representa 77% do total de 2003.
Apenas em janeiro e fevereiro, período da colheita e de preços baixos no mercado interno, o País exportou 1,6 milhão de toneladas. "Era preciso, também, abrir espaço para a soja", diz o consultor Carlos Cogo. Segundo ele, além do aumento das remessas internacionais, outro fenômeno verificado este ano foi a exportação de Mato Grosso, que tradicionalmente comercializa para o Nordeste. "Em alguns períodos do ano, era mais atrativo comprar de Mato Grosso, do que do interior do Paraná". Mas ele garante que cerca de 90% das vendas externas saem do Paraná.
A receita com o produto exportado também cresceu. De janeiro a maio, o Brasil vendeu ao exterior US$ 318 milhões, aumento de 220% em relação aos US$ 99,2 milhões do mesmo período de 2003.
Nos últimos dias as vendas externas têm sido pequenas, mas devem aquecer, segundo analistas, a partir da colheita da safrinha, que se intensifica em julho. Para o consultor Carlos Cogo, a demanda crescerá no segundo semestre, período em que tradicionalmente o volume exportado é maior, pois os estoques mundiais estão baixos.
Para consultores, se as exportações recordes se confirmarem, o estoque de passagem para 2005 será muito apertado, deixando o País dependente da safrinha, que é muito suscetível a adversidades climáticas.
"O governo não motivou a safrinha, como no ano passado", diz Paulo Molinari, da Safras & Mercado. Até o momento, diz ele, o clima está perfeito, mas uma geada pode mudar o quadro de abastecimento. Cerca de 50% da segunda safra de milho está cultivada em área de risco de geada. "Se a safrinha for normal, o que vai pesar no abastecimento é o volume de exportação", conclui.
Para a consultoria, o estoque de passagem para a próxima safra será de apenas dois milhões de toneladas, suficiente para o consumo de 15 dias. O analista Deives Farias da Silva, da FNP Consultoria, diz que, no momento, o abastecimento está garantido, mas as exportações recordes podem deixar o quadro de oferta e demanda muito ajustados. "Com isso, os preços ficarão sustentados", afirma.
Carlos Eduardo Tavares, analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), diz que o abastecimento está garantido porque a safrinha será boa.
"Não há perspectiva de geada por enquanto, mas baixas temperaturas prolongadas também podem afetar o grão", diz Silva. O consultor Carlos Cogo diz que, por outro lado, se o clima continuar bom, o País deve superar as 9,7 milhões de toneladas de milho segunda safra estimadas pela Conab. "Só teremos problemas de abastecimento se a produção da safrinha for inferior a 8 milhões de toneladas", afirma.
Fonte:
Da Gazeta Mercantil
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