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Saúde
Quarta - 02 de Junho de 2004 às 09:56

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O juiz Clóvis Siqueira, da 10.ª Vara Federal do DF, decretou a prisão preventiva de três empresários acusados de envolvimento na máfia de sangue, que promoveu o superfaturamento na compra de hemoderivados pelo Ministério da Saúde. O esquema foi desvendado pela Operação Vampiro, da Polícia Federal.

Jaisler Jabour de Alvarenga, representante da Octapharma, e Lourenço Rommel Peixoto, vice-presidente do Jornal de Brasília, estavam em prisão temporária, que esgotou-se ontem. Laerte de Arruda Correia Júnior estava preso e foi libertado no sábado.

A prisão preventiva é por tempo indeterminado. Os advogados de defesa já informaram que entrarão com pedidos de habeas-corpus.

Na edição de hoje, o jornal O Globo informou que o ministro da Saúde, Humberto Costa, participou de encontros com acusados de pertencer à máfia do sangue. Entre 2003 e 2004, Costa recebeu pelo menos quatro vezes representantes de laboratórios investigados, entre eles Jaisler Jabour, apontado pela Polícia Federal como o chefe da quadrilha que teria desviado mais de R$ 2 bilhões da pasta desde o início dos anos 90.

Ontem, o senador Arthur Virgílio (PSDB/AM) defendeu o afastamento de Humberto Costa do ministério, declarando ser "insustentável a permanência" do petista na Pasta depois de dois ex-auxiliares, Luiz Cláudio Gomes da Silva e Reginaldo Muniz, terem sido acusados de envolvimento no esquema de superfaturamento.

Costa, que alega ter sido o primeiro a exigir uma investigação sobre a máfia do sangue, disse no início da semana que que acredita na possibilidade de reaver o dinheiro público desviado. Ele admitiu ainda que poderá readmitir os funcionários do ministério que foram afastados após a divulgação das fraudes, desde que os servidores sejam inocentados pelas investigações da Polícia Federal.




Fonte: Terra

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