IBGE registra aumento do desemprego em março

Em fevereiro, o desemprego atingiu 12%. O índice de desocupação de março também é superior a março do ano passado, quando a taxa de desemprego era de 12,1%.

O rendimento médio real – de R$ 873,90, o equivalente a 3,6 salários mínimos - aumentou 1,4% em relação a fevereiro e caiu 2,4% na comparação com março do ano passado.

O número de pessoas ocupadas teve uma ligeira elevação, de 18,5 milhões para 18,58 milhões, o que significa que o desemprego cresceu porque aumentou o número de pessoas em busca de trabalho. Em relação a março do ano passado, o número de pessoas ocupadas aumentou 1,9%. Um recuo, no entanto, em relação a dezembro, quando havia 18,9 milhões de pessoas empregadas.

2,7 milhões sem emprego

Já o número de desocupados aumentou em 203 mil, totalizando 2,7 milhões de pessoas sem emprego em março nas seis regiões metropolitanas pesquisadas.

O desemprego piorou de forma significativa em três regiões entre fevereiro e março: aumentou de 13,3% para 14,6% em São Paulo, de 8,6% para 9,8% no Rio de Janeiro e de 8,5% para 9,6% em Porto Alegre. A taxa ficou estável em 17,1% na região metropolitana de Salvador e aumentou de 11,9% para 12,1% em Belo Horizonte. A região metropolitana do Recife foi a única que teve redução na taxa, de 12,7% para 12,6%.

A população economicamente ativa também aumentou 1,4% entre fevereiro e março, para um total de 21,3 milhões de pessoas nas regiões onde a pesquisa é realizada.

A participação das mulheres cresceu 0,7 ponto percentual em relação a março do ano passado. Elas agora representam 44,9% do total, e os homens 55,1%.

Apesar de representar uma parte menor da população economicamente ativa, as mulheres representam a maioria dos desempregados e são as mais atingidas pela falta de novas vagas. A participação das mulheres no total de desocupados era de 52,3% em março de 2002, aumentou para 54,8% em março de 2003 e chegou a 56,4% em março deste ano.

Os jovens com menos de 24 anos representavam 47% dos desocupados em março. 20% dos desempregados estava em março em busca do primeiro emprego e apenas 26,3% eram responsáveis pela manutenção da família.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já reconheceu, em discurso nesta segunda-feira, que o programa Primeiro Emprego, destinado a incentivar o emprego dos jovens, tinha erros e disse que o projeto está sendo revisto.

A pesquisa do IBGE também mostra uma melhora na qualificação dos desempregados. Em março de 2002, 37,1% dos desocupados tinham pelo menos o 2º grau completo. Essa parcela aumentou para 40,1% em março do ano passado e para 43,3% em março deste ano.