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Pesquisa diz que acidente não depende de estradas
A conclusão de um estudo sobre estradas brasileiras realizado pelo programa de redução de acidentes SOS Estradas indica que os acidentes de trânsito não estão associados às más condições das rodovias. O estudo, a ser divulgado amanhã, foi feito com base em um levantamento de todos os estados brasileiros.
A partir da análise de 216 grandes acidentes registrados no período de 2002 ao início de 2004, foram traçadas interpretações como a que aponta para a imprudência, o desrespeito à legislação de trânsito e a fadiga como causas do grande número de acidentes nas estradas.
A pesquisa "Morte no Trânsito-Tragédia Rodoviária", realizada pelo diretor do SOS Estradas, o jornalista Rodolfo Rizzotto, foi baseada em estatísticas de 2002 a 2004 da Polícia Rodoviária Federal, Ministério dos Transportes, Polícias Estaduais, Departamentos de Estradas de Rodagem e Agências Reguladoras.
O levantamento sobre acidentes de ônibus estima que dois mil passageiros morrem por ano no Brasil. Nos Estados Unidos são quatro, na França, 11 e no Reino Unido, 13.
Projeções do SOS Estradas mostram que ao todo, 42 mil pessoas morrem no trânsito brasileiro todos os anos, número equivalente ao dos Estados Unidos, país com 293 milhões de habitantes e frota de automóveis estimada em 10 vezes mais à do Brasil.
Multas
O Estado com o maior índice de acidentes nas estradas é São Paulo. Segundo Rizzotto, as estatísticas mostram que nas rodovias melhoradas, como as do Estado de São Paulo, a quantidade de acidentes de trânsito cresceu, o que significa que o excesso de velocidade tem relação direta com a gravidade do acidente. "Nas rodovias estaduais de São Paulo, onde foram colocados os melhores sinalizadores, foi também registrado o maior índice de acidentes, 90% por irresponsabilidade. No Brasil, falamos muito de "indústria de multas", mas o que possuímos são fábricas de infratores impunes", afirma o jornalista.
Para ele, é preciso reduzir a jornada de trabalho no setor de transportes de cargas e de passageiros principalmente aplicar as leis existentes. O estudo do SOS Estradas mostra que a polícia rodoviária multa pouco em relação à quantidade de infrações cometidas. Foi verificado que o volume de multas aplicadas por excesso de velocidade em todo o Estado de São Paulo poderia ser aplicado em uma só rodovia em uma semana.
A justificativa, conforme a pesquisa, é que as autoridades sentem pudor em multar, porque os motoristas procuram fórmulas para amenizar as multas e a própria resolução do Contram é muita rigorosa para os policiais, que devem seguir uma quantidade de regras antes de aplicar a lei contra um motorista.
Estudos das linhas de ônibus Rio-São Paulo mostram que, caso houvesse fiscalização de transportes clandestinos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), poderiam ser arrecadados R$ 70 milhões por ano, receita que, segundo o SOS Estradas, poderia ser usada para contratar mais fiscais.
O programa SOS Estradas é do site www.estradas.com.br e os estudos serão repassados às autoridades de trânsito, sugerindo meios para uma melhor aplicabilidade da legislação. Uma das sugestões do SOS Estradas é limitar o tempo máximo dos motoristas de caminhão ao volante, instalar tacógrafos (relógio que registra no veículo o horário em que o veículo começou a se movimentar), e limitadores de velocidade nos caminhões e ônibus que não permitam ultrapassar os 90 quilômetros por hora. Os limitadores, utilizados em países da Europa, cortam o combustível quando ultrapassada a velocidade permitida.
A pesquisa mostra que à noite o alcance do farol de um caminhão é de 90 metros e a exatamente 90 quilômetros por hora ele consegue parar sem colidir. Porém, um caminhão a 110 quilômetros por hora, ao colidir, estará a uma velocidade de 73 quilômetros por hora.
A partir da análise de 216 grandes acidentes registrados no período de 2002 ao início de 2004, foram traçadas interpretações como a que aponta para a imprudência, o desrespeito à legislação de trânsito e a fadiga como causas do grande número de acidentes nas estradas.
A pesquisa "Morte no Trânsito-Tragédia Rodoviária", realizada pelo diretor do SOS Estradas, o jornalista Rodolfo Rizzotto, foi baseada em estatísticas de 2002 a 2004 da Polícia Rodoviária Federal, Ministério dos Transportes, Polícias Estaduais, Departamentos de Estradas de Rodagem e Agências Reguladoras.
O levantamento sobre acidentes de ônibus estima que dois mil passageiros morrem por ano no Brasil. Nos Estados Unidos são quatro, na França, 11 e no Reino Unido, 13.
Projeções do SOS Estradas mostram que ao todo, 42 mil pessoas morrem no trânsito brasileiro todos os anos, número equivalente ao dos Estados Unidos, país com 293 milhões de habitantes e frota de automóveis estimada em 10 vezes mais à do Brasil.
Multas
O Estado com o maior índice de acidentes nas estradas é São Paulo. Segundo Rizzotto, as estatísticas mostram que nas rodovias melhoradas, como as do Estado de São Paulo, a quantidade de acidentes de trânsito cresceu, o que significa que o excesso de velocidade tem relação direta com a gravidade do acidente. "Nas rodovias estaduais de São Paulo, onde foram colocados os melhores sinalizadores, foi também registrado o maior índice de acidentes, 90% por irresponsabilidade. No Brasil, falamos muito de "indústria de multas", mas o que possuímos são fábricas de infratores impunes", afirma o jornalista.
Para ele, é preciso reduzir a jornada de trabalho no setor de transportes de cargas e de passageiros principalmente aplicar as leis existentes. O estudo do SOS Estradas mostra que a polícia rodoviária multa pouco em relação à quantidade de infrações cometidas. Foi verificado que o volume de multas aplicadas por excesso de velocidade em todo o Estado de São Paulo poderia ser aplicado em uma só rodovia em uma semana.
A justificativa, conforme a pesquisa, é que as autoridades sentem pudor em multar, porque os motoristas procuram fórmulas para amenizar as multas e a própria resolução do Contram é muita rigorosa para os policiais, que devem seguir uma quantidade de regras antes de aplicar a lei contra um motorista.
Estudos das linhas de ônibus Rio-São Paulo mostram que, caso houvesse fiscalização de transportes clandestinos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), poderiam ser arrecadados R$ 70 milhões por ano, receita que, segundo o SOS Estradas, poderia ser usada para contratar mais fiscais.
O programa SOS Estradas é do site www.estradas.com.br e os estudos serão repassados às autoridades de trânsito, sugerindo meios para uma melhor aplicabilidade da legislação. Uma das sugestões do SOS Estradas é limitar o tempo máximo dos motoristas de caminhão ao volante, instalar tacógrafos (relógio que registra no veículo o horário em que o veículo começou a se movimentar), e limitadores de velocidade nos caminhões e ônibus que não permitam ultrapassar os 90 quilômetros por hora. Os limitadores, utilizados em países da Europa, cortam o combustível quando ultrapassada a velocidade permitida.
A pesquisa mostra que à noite o alcance do farol de um caminhão é de 90 metros e a exatamente 90 quilômetros por hora ele consegue parar sem colidir. Porém, um caminhão a 110 quilômetros por hora, ao colidir, estará a uma velocidade de 73 quilômetros por hora.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382206/visualizar/
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