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Saúde
Sábado - 29 de Maio de 2004 às 20:53

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O tratamento da aids, a luta contra a má nutrição, a eliminação de barreiras comerciais e o combate à malária são, nesta ordem, os principais problemas mundiais, concordaram hoje nove prestigiosos economistas mundiais no encerramento da conferência "Copenhagen Consensus".

Desde o último dia 24, especialistas internacionais em economia - entre eles, os Prêmios Nobel Robert Fogel, Douglass C. North e Vernon L. Smith - ordenaram por importância 38 possíveis soluções para dez dos principais problemas, supondo que contariamn com um orçamento adicional de US$ 50 bilhões.

Os economistas partiram da base de um amplo material apresentado por 30 cientistas de todo o mundo, mas eliminaram da lista 21 soluções atendendo a suposta falta de informação em temas como a educação, os conflitos políticos e a instabilidade econômica.

A lista - que coloca nas últimas posições problemas como as emissões de dióxido de carbono e o cumprimento do acordo de Kioto - destina US$ 27 bilhões ao controle da aids, o que impediria que 28 milhões de pessoas contraíssem a doença.

Para combater a má nutrição mediante a provisão de nutrientes, seriam gastos US$ 12 bilhões, enquanto que, para o controle da malária, seriam destinados US$ 13 bilhões. "Esta conferência gerou um debate importante sobre a prioridade dos recursos mundiais, mas deve continuar, e espero que os especialistas, políticos e cidadãos participem de uma discussão necessária", afirmou Bjoern Lomborg, diretor do Instituto de Análise Meio-ambiental dinamarquês (IMV), promotor do simpósio.

Entre os economistas presentes em "Copenhagen Consensus", encontram-se Jagdish N. Bhagwati (Universidade de Columbia), Bruno S. Frey (Universidade de Zurique), Justin Yifu Lin (Universidade de Hong Kong), Thomas C. Schelling (Universidade de Maryland) e Nancy L. Storkey (Universidade de Chicago).

Na inauguração da conferência - que pretende se repetir dentro de quatro anos-, o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, mostrou seu apoio à iniciativa, a primeira deste tipo no mundo todo, segundo Lomborg, e comprometeu-se a levar suas conclusões aos foros internacionais.

No início da semana, Copenhague acolheu outra conferência sobre meio ambiente, denominada "Responsabilidade global", promovida por ONGs dinamarquesas para advogar por um modelo oposto ao promovido pela anterior e que não só se baseie em critérios econômicos.

Participaram dessa conferência o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Klaus Topfer, e o comissariado do Meio Ambiente da UE, Margot Wallstroem, que defenderam resolver simultaneamente os problemas ambientais e a pobreza, o desenvolvimento sustentável e respeitar os acordos de Kioto.




Fonte: Agência EFE

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