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Educação/Vestibular
Sábado - 29 de Maio de 2004 às 16:52
Por: Neusa Baptista/Nayara Martins

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O reitor da UFMT, Paulo Speller, destacou a importância da obra realizada pelo Estado no campus da UFMT de Rondonópolis, tanto para os cursos que farão uso direto dela como para cursos novos como os de Zootecnia, Licenciatura em Informática e Biblioteconomia, cuja infra-estrutura ainda precisa ser melhorada.

Para o professor do curso de Zootecnia, Nelson Arruda, contar com laboratórios já é um grande ganho para o campus. A Anatomia Animal, estudada durante todo o curso, poderá ser incluída no novo laboratório, uma vez que atualmente as aulas práticas são feitas em local inapropriado, sem espaço e sem a quantidade necessária de material para todos os alunos. "Ficamos satisfeitos com essa obra, pois a Anatomia é uma disciplina básica", disse ele, acrescentando que cursos como Veterinária e Odontologia já podem ser cogitados para o futuro.

A criação de novos cursos que atendam às necessidades e peculiaridades da região depende de uma infra-estrutura adequada e, por isso, segundo o pró-reitor do campus, Javert Mello Vieira, a ampliação do campus é de importância da ampliação do campus. "Nossa tendência é criar sempre cursos que não existem em outros campi e que tenham a ver com o perfil da região", pontua ele.

De acordo com Speller, a região sul vem passando por uma transformação muito grande, principalmente na área econômica, com o crescimento do agronegócio. Diante disso, a demanda por cursos como Engenharia Mecânica e Agronomia tem crescido na região.

Ainda para este ano, o reitor indicou a construção de quatro salas de aula e a construção, informatização e atualização da biblioteca central do campus.

EXPECTATIVA - Não só Mato Grosso, mas também outros estados estão de olho nas vagas abertas pelos novos cursos do campus Rondonópolis. Os cursos de Psicologia e Enfermagem, por exemplo, agregam estudantes de estados como São Paulo, Goiás e Brasília. Segundo a coordenadora do curso de Psicologia, Clarisa Guerra, a garantia da construção dos laboratórios e salas de aula foi a condição exigida pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) para a aprovação do curso, há um ano.

Ela explica que o laboratório de Psicologia Experimental é de suma importância para que os alunos possam repetir os testes que deram origem a teorias da Psicologia. "O próprio Conselho Federal de Psicologia cobra essas condições", esclarece a coordenadora. Ela destaca que até mesmo o vestibular só foi feito após a assinatura do convênio com o Estado.

Para Clarisa, o fato de o curso já contar com essa infra-estrutura é uma vantagem com a qual muitas universidades brasileiras não contam. "Os alunos entram cheios de expectativas e a maioria dos cursos novos começa sem as condições necessárias, o que acaba sendo frustrante", disse ela. "Não é o nosso caso: teremos todas as condições para que, a partir do ano que vem, os alunos já possam ter aulas práticas tranqüilamente."

A aluna do curso, Laize Pereira de Oliveira, concorda. Natural de Alto Araguaia, ela diz achar que o laboratório será de grande proveito para os estudantes de todo o campus. "Vai ser muito bom", resumiu ela.

No curso de Enfermagem, o lançamento das obras dos laboratórios representou um alívio. Cursando o primeiro ano – no qual as matérias são gerais – os alunos se preocupavam com a falta de local para as aulas práticas que se seguiriam ao longo do curso, tais como Fisiologia e Embriologia Humana.

"Os alunos ficam doidos para ter aulas que tenham a ver com a Enfermagem; eles querem ir logo para prática", brinca a chefe do Instituto de Ciências Exatas e Naturais, Ester Rockenbach, responsável local pela turma especial de 30 alunos. Ela frisa que a construção dos laboratórios vai ajudar a fortalecer a idéia de instalar o curso de Enfermagem regular no campus. "Tem uma demanda muito grande nessa região, os próprios técnicos em Enfermagem cobram."

Para o aluno de Biologia, Rogério Ribeiro, os laboratórios vieram em uma boa hora. Estudante do terceiro ano do curso, ele conta que as aulas de Anatomia têm sofrido queda de qualidade pois, com uma carga de 120 horas, pouco tempo era dedicado à aula prática.

O curso não conta com laboratório e tem apenas um cadáver muito antigo para ser estudado. "Ele já veio de outra instituição para cá", informou um grupo de alunos, enfatizando que suas condições de conservação não são mais adequadas para o estudo. Por isso, as provas são feitas em Cuiabá. "É um gasto a mais para a UFMT deslocar os alunos, e quem quiser tirar alguma dúvida sobre o tema não pode porque o laboratório está longe", explica Rogério.




Fonte: Secom - MT

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