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Polícia Brasil
Sexta - 28 de Maio de 2004 às 17:20

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Os assaltos na avenida Dom Bosco, centro de Cuiabá, já estão virando uma rotina para os comerciantes. É difícil encontrar uma loja que não tenha sofrido a ação dos bandidos nos últimos meses. O foco maior de incidência está nas proximidades da avenida Ipiranga a uma quadra do edifício onde reside o governador Blairo Maggi.

O proprietário da mercearia Popular, Kozo Hakovaki, diz já estar acostumado aos assaltos. Ele revelou que já foi roubado quatro vezes este ano. Os bandidos, geralmente, atacam no final da tarde quando há mais dinheiro em caixa. “O último assalto aconteceu há uma semana. Dois homens armados entraram na mercearia, levaram cerca de R$ 300 e foram embora tranqüilamente em uma moto”, relata Kozo. Ele colocou alarme no comércio que é acionado à noite.

Kozo diz que foi assaltado pela primeira vez em 1994. Por ter reagido, acabou sendo espancado pelos bandidos. Ele gostaria que a polícia intensificasse a ronda no final da tarde. “Se a PM passasse por aqui umas três vezes neste horário era a melhor coisa a se fazer”, observou.

Na Via Ravena, loja de reforma de estofados, o funcionário Ademir Lopes afirmou que este ano já presenciou dois assaltos. Ele alega que os bandidos são jovens viciados que ficam todo dia perambulando pela avenida. “Aqui não levaram dinheiro, mas cola para cheirarem ou alguma máquina de venda fácil”. O pior é que depois dos assaltos aparecem outros jovens pedindo dinheiro em troca de informações sobre os bandidos. “A gente fica com medo e acuado”, ressalta Ademir.

A informação de Ademir que uma ‘gurizada’ estaria atuando na região é também confirmada pelo dono do açougue Casa Rosada, Clóvis Dutra. Segundo ele, seu estabelecimento já foi roubado três vezes. O curioso, observa Clóvis, é que ele reparou que os bandidos são diferentes, mas a arma é a mesma. “Isso comprova que são pessoas de um mesmo grupo”.

Para Clóvis, o policiamento no local é raro. Ele acha que se a polícia fizer uma ronda mais intensa vai inibir os assaltantes, mas não vai resolver o problema. “O que é preciso é prender e não soltar. A polícia prende e no outro dia o cara está na nossa frente de novo quem vai arriscar denunciar o bando”.

O comandante do policiamento da capital, João Batista Vanini, afirmou que a polícia já sabe que na região existem duas quadrilhas. “São pessoas que moram perto do Jardim Cuiabá. Estamos tomando providências para prender o grupo”, explicou.

Vanini considerou a onda de assaltos na avenida Dom Bosco como “migração do crime”. Segundo ele, este mesmo grupo atuava próximo ao Choppão. Com a intensificação da polícia no local eles mudaram para a praça popular e agora estão atuando na Dom Bosco. O comandante disse que já determinou a colocação de policiais na avenida para coibir a ação dos assaltantes e se possível efetuar prisões.




Fonte: Midia News

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