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ONU denuncia falta de ajuda internacional
Cerca de 10 milhões de pessoas afetadas pelas mais graves crises do mundo não recebem nenhum tipo de ajuda humanitária devido à falta de financiamento ou aos obstáculos impostos por alguns países ao trabalho da ONU, informou a organização. "Tragicamente, os que mais precisam de ajuda no mundo são, muito frequentemente, os que não podem recebê-la", lamentou hoje o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, Jan Egeland, em uma sessão aberta do Conselho de Segurança.
Atualmente, existem 20 conflitos no mundo todo onde se nega o acesso do pessoal humanitário, o que deixa dez milhões de pessoas sem possibilidade de receber água, comida, alimentos ou um teto onde possam se abrigar. Isso ocorre, por exemplo, na Libéria, onde se impede o acesso a 500 mil danificados; na República Centro-Africana, com 2,2 milhões de pessoas necessitadas, ou na Costa do Marfim, onde 1,5 milhão de afetados pela crise não recebem ajuda. Algo parecido ocorre no Afeganistão, onde a forte insegurança das zonas rurais do sul e do leste deixa sem assistência cerca de um milhão de civis.
Com relação à falta de financiamento, Egeland deu como exemplo que, em 2003, a ONU pediu US$ 2,2 bilhões para atender 13 crise humanitárias na África, e só recebeu a metade desta quantia. Por outro lado, era necessário US$ 1 bilhão para o Iraque, e esta quantia foi arrecadada por completo, o que "reflete a dura realidade dos interesses políticos, das prioridades estratégicas e da atenção dos meios de comunicação, que provocam respostas enormemente desproporcionais", disse.
Nos conflitos armados, os governos estão obrigados a proteger e prestar assistência humanitária à população civil, e quando não têm meios para fazê-lo -ou não querem-, as Nações Unidas intervém nestas nações. No entanto, Egelan disse que as agências da ONU nem sempre podem desenvolver seu trabalho, seja pelos impedimentos ao acesso do pessoal humanitário às zonas necessitadas, por ameaças ou até por não contar com recursos econômicos suficientes.
O Conselho analisa hoje como as Nações Unidas respondem às "crises extremas" agravadas, por exemplo, por um desastre natural, como as devastadoras inundações que assolaram o Haiti nos últimos dias. Além disso, quando se juntam uma crise humanitária e um conflito armado, o que faz com que o pessoal civil -e especialmente mulheres e crianças- se tornem alvos deliberados de agressões e violações dos direitos humanos.
Egeland explicou, por exemplo, que na República Democrática do Congo perto de dois milhões de pessoas foi assassinadas, e dezenas de mulheres e meninas "foram alvo de formas incríveis de violência sexual". Ele disse ainda que um total de 50 milhões de pessoas no mundo todo deixaram seus lares para fugir da violência, e muitos "lutam para sobreviver em condições difíceis". Um caso extremo, atualmente, é o de Darfur, no Sudão, onde mais de um milhão de refugiados, em sua maioria mulheres e crianças, precisam urgentemente de alimentos e remédios.
Atualmente, existem 20 conflitos no mundo todo onde se nega o acesso do pessoal humanitário, o que deixa dez milhões de pessoas sem possibilidade de receber água, comida, alimentos ou um teto onde possam se abrigar. Isso ocorre, por exemplo, na Libéria, onde se impede o acesso a 500 mil danificados; na República Centro-Africana, com 2,2 milhões de pessoas necessitadas, ou na Costa do Marfim, onde 1,5 milhão de afetados pela crise não recebem ajuda. Algo parecido ocorre no Afeganistão, onde a forte insegurança das zonas rurais do sul e do leste deixa sem assistência cerca de um milhão de civis.
Com relação à falta de financiamento, Egeland deu como exemplo que, em 2003, a ONU pediu US$ 2,2 bilhões para atender 13 crise humanitárias na África, e só recebeu a metade desta quantia. Por outro lado, era necessário US$ 1 bilhão para o Iraque, e esta quantia foi arrecadada por completo, o que "reflete a dura realidade dos interesses políticos, das prioridades estratégicas e da atenção dos meios de comunicação, que provocam respostas enormemente desproporcionais", disse.
Nos conflitos armados, os governos estão obrigados a proteger e prestar assistência humanitária à população civil, e quando não têm meios para fazê-lo -ou não querem-, as Nações Unidas intervém nestas nações. No entanto, Egelan disse que as agências da ONU nem sempre podem desenvolver seu trabalho, seja pelos impedimentos ao acesso do pessoal humanitário às zonas necessitadas, por ameaças ou até por não contar com recursos econômicos suficientes.
O Conselho analisa hoje como as Nações Unidas respondem às "crises extremas" agravadas, por exemplo, por um desastre natural, como as devastadoras inundações que assolaram o Haiti nos últimos dias. Além disso, quando se juntam uma crise humanitária e um conflito armado, o que faz com que o pessoal civil -e especialmente mulheres e crianças- se tornem alvos deliberados de agressões e violações dos direitos humanos.
Egeland explicou, por exemplo, que na República Democrática do Congo perto de dois milhões de pessoas foi assassinadas, e dezenas de mulheres e meninas "foram alvo de formas incríveis de violência sexual". Ele disse ainda que um total de 50 milhões de pessoas no mundo todo deixaram seus lares para fugir da violência, e muitos "lutam para sobreviver em condições difíceis". Um caso extremo, atualmente, é o de Darfur, no Sudão, onde mais de um milhão de refugiados, em sua maioria mulheres e crianças, precisam urgentemente de alimentos e remédios.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382419/visualizar/
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