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Waldir Pires descarta envolvimento de ministro com Máfia do Sangue
O controlador-geral da União, ministro Waldir Pires, descartou hoje qualquer possibilidade de envolvimento do ministro da Saúde, Humberto Costa, com o esquema da Máfia do Sangue, que, por meio de fraudes na licitação para a compra de hemoderivados, teria desviado cerca de R$ 2 milhões entre 1990 e 2002. Para o ministro Waldir Pires, um possível afastamento de Humberto Costa seria uma injustiça.
?A minha impressão é que o ministro Humberto Costa ficou absolutamente surpreendido com o que praticou esse auxiliar que ele escolheu?, observou o contrlolador-geral da União, referindo-se ao ex-coordenador-geral de Logística do Ministério da Saúde Luiz Cláudio Gomes da Silva. Preso pela Polícia Federal durante a Operação Vampiro, Silva foi demitido após as denúncias de esquema de fraude na compra de hemoderivados para o Ministério.
Waldir Pires lembrou que o próprio ministro da Saúde pediu investigações obre o caso e disse que Humberto Costa não pode ser responsabilizado pelas atitudes de Gomes da Silva. ?Ele (Costa) teve a infelicidade de escolher um gestor que não mereceu a sua confiança. A responsabilidade criminal não se comunica nem de pai para filho, nem filho para neto, nem de irmão para irmão, senão seria um desastre?, acrescentou Waldir Pires, durante entrevista coletiva concedida após a assinatura de acordo de cooperação entre a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal.
Após a solenidade, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, elogiou atuação da Polícia Federal na Operação Vampiro e comemorou o fato de a investigação não ter vazado para a imprensa antes de obter resultados concretos. ?Se ela tivesse vazado, seguramente não teria chegado a esses resultados. Porque essas coisas não são instantâneas, não é um remédio que você tome e faça efeito imediatamente?, avaliou. ?É preciso o planejamento das operação, monitoramento telefônico, avaliação, classificação das informações para que não se tenha alguma coisa precipitada, para que se façam as coisas de uma maneira justa, adequada, e depois se faça um quadro lógico que possa ser submetido ao Poder Judiciário e as pessoas não possam, nem tentem escapar pelas falhas da investigação?, explicou.
Indagado se não houve um sistema mais efetivo de combate à corrupção em governos anteriores, para evitar esquemas como o da Máfia do Sangue, o ministro preferiu não comentar o assunto. ?Não quero olhar para trás. Não quero me transformar numa estátua de sal. Mas eu acho que nós estamos desde o primeiro dia de governo empenhados, com o foco aqui na CGU, na transparência e num sistema de combate à corrupção?, disse o ministro, reafirmando que essa postura da gestão atual não é política de governo, mas de Estado. ?Doa a quem doer, pegue a quem pegar, as investigações vão ser feitas. Se houve alguma escolha que depois não correspondeu à confiança de quem escolheu, esse que foi escolhido será punido com a mesma impessoalidade, como valor republicano que não visa a nenhum outro interesse que não seja a causa e a coisa pública?.
?A minha impressão é que o ministro Humberto Costa ficou absolutamente surpreendido com o que praticou esse auxiliar que ele escolheu?, observou o contrlolador-geral da União, referindo-se ao ex-coordenador-geral de Logística do Ministério da Saúde Luiz Cláudio Gomes da Silva. Preso pela Polícia Federal durante a Operação Vampiro, Silva foi demitido após as denúncias de esquema de fraude na compra de hemoderivados para o Ministério.
Waldir Pires lembrou que o próprio ministro da Saúde pediu investigações obre o caso e disse que Humberto Costa não pode ser responsabilizado pelas atitudes de Gomes da Silva. ?Ele (Costa) teve a infelicidade de escolher um gestor que não mereceu a sua confiança. A responsabilidade criminal não se comunica nem de pai para filho, nem filho para neto, nem de irmão para irmão, senão seria um desastre?, acrescentou Waldir Pires, durante entrevista coletiva concedida após a assinatura de acordo de cooperação entre a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal.
Após a solenidade, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, elogiou atuação da Polícia Federal na Operação Vampiro e comemorou o fato de a investigação não ter vazado para a imprensa antes de obter resultados concretos. ?Se ela tivesse vazado, seguramente não teria chegado a esses resultados. Porque essas coisas não são instantâneas, não é um remédio que você tome e faça efeito imediatamente?, avaliou. ?É preciso o planejamento das operação, monitoramento telefônico, avaliação, classificação das informações para que não se tenha alguma coisa precipitada, para que se façam as coisas de uma maneira justa, adequada, e depois se faça um quadro lógico que possa ser submetido ao Poder Judiciário e as pessoas não possam, nem tentem escapar pelas falhas da investigação?, explicou.
Indagado se não houve um sistema mais efetivo de combate à corrupção em governos anteriores, para evitar esquemas como o da Máfia do Sangue, o ministro preferiu não comentar o assunto. ?Não quero olhar para trás. Não quero me transformar numa estátua de sal. Mas eu acho que nós estamos desde o primeiro dia de governo empenhados, com o foco aqui na CGU, na transparência e num sistema de combate à corrupção?, disse o ministro, reafirmando que essa postura da gestão atual não é política de governo, mas de Estado. ?Doa a quem doer, pegue a quem pegar, as investigações vão ser feitas. Se houve alguma escolha que depois não correspondeu à confiança de quem escolheu, esse que foi escolhido será punido com a mesma impessoalidade, como valor republicano que não visa a nenhum outro interesse que não seja a causa e a coisa pública?.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382508/visualizar/
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