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Maggi participa da instalação do escritório da BM&F em Xangai
A presença de um representante do Estado de Mato Grosso no escritório da Bolsa de Mercadorias & Futuros, em Xangai, vai alavancar os negócios do Estado, disse na manhã desta quinta-feira (27.05) o governador Blairo Maggi, durante uma entrevista para a Rádio Secom.
A entrevista começou por volta das 6h no horário de Mato Grosso - 18h no horário em Xangai - e foi concedida do escritório da Bolsa de Mercadorias & Futuros, que seria inaugurado à noite. Assim que acabou a entrevista Maggi saiu para participar do jantar de instalação que servirá de base de apoio para os governos de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A BM&F irá firmar uma parceria com a Dallian Commodity Exchange (DCE), bolsa de futuros de Dallian, que movimenta no mercado asiático 700 mil contratos futuros agrícolas por dia, a maioria de soja. “Para o presidente da BM&F, Manoel Félix da Cintra Neto, a parceria é estratégica para ampliar as fronteiras no mercado asiático elevando a liquidez dos contratos de futuros de produtos agrícolas.
A entrevista de Maggi foi acompanhada no estúdio de Rádio da Secom pelo secretário-adjunto, João Negrão, os jornalistas Paulo Coelho (Folha do Estado), Noelma de Oliveira (Diário de Cuiabá) e pela coordenadora da Rádio Secom, Maria Góes. Na conversa com os repórteres, o governador disse que os objetivos da viagem estavam se cumprindo. “O Estado é um promotor de negócios e tem participado de palestras e de rodadas de negócios”, disse Maggi, que, pela manhã, foi um dos palestrantes num seminário promovido pela BM&F, ao lado dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e José Orcírio de Moraes, o “Zeca do PT” (MS). Segundo ele, o estado de Mato Grosso é bastante conhecido na China e o destaque é o agronegócio.
“Estamos plantando agora para colher nos próximos anos”, disse Maggi, que chamou a atenção para uma das peculiaridades do povo chinês. “No início eles são desconfiados em relação ao brasileiro. E isso acontece também do brasileiro para o chinês. Isso se deve as diferenças culturais e envolve também os tradutores”, revelou o governador, que confirmou a realização de vários negócios entre os empresários mato-grossenses integrantes da comitiva.
“Temos ainda muito trabalho pela frente para atingir o mercado da China. Mas já foram fechados vários negócios nos segmentos de carne suína e de frango, além de contratos para a venda de madeira. Estes negócios no início são pequenos, mas poderão se transformar em grandes negócios, não só para os empresários de Mato Grosso, mas também para os cerca de 500 empresários que vieram na comitiva do presidente Lula”, disse o governador.
CONTRATOS - Um dos contratos fechados nesta quinta-feira foi entre o Frigorífico Marfrig, que irá exportar experimentalmente carne e couro para a China. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Marcos Molina dos Santos, que viajou na comitiva com o governador, o contrato é importante na medida em que abre possibilidades de ocupar espaço no mercado chinês.
A Marfrig possui sete unidades de abate em Mato Grosso (Tangará da Serra), Mato Grosso do Sul e também em São Paulo. Com a inauguração da sétima unidade em Paranatinga, a empresa aumentou a capacidade em 20%, atingindo a produção de 36 mil toneladas de carne bovina por mês. O grupo, com sede em Santo André (SP), tem 4 mil funcionários e responde por mais de 5% de toda a produção brasileira de carne bovina, que é de 7,5 milhões de toneladas por ano. Além da Marfrig, os frigoríficos Frigomarca (Pedra Preta) e Excelência (Nova Mutum) também firmaram seus primeiros contratos experimentais com o governo chinês.
Durante a entrevista, Blairo Maggi revelou, ainda, que não será desta vez que a China irá assinar protocolo de intenção para realizar obras de infra-estrutura no Brasil. “Levaram do Brasil dois ou três projetos, e isso atrapalhou”, disse Maggi, apontando outra peculiaridade chinesa. O Governo brasileiro chegou a fazer vários contatos com as empresas estatais com a expectativa de ser assinado o protocolo.
Ocorre que eles querem negociar objetivamente a partir de um projeto completo. Por isso, o projeto de financiamento, será reformulado, unificado e, provavelmente apresentado novamente em dois ou três meses. “Não é uma coisa para se resolver a curto prazo. Mas será a partir da assinatura desse protocolo de intenção que as negociações envolvendo empresas e bancos estatais poderão resultar em financiamento para o Brasil”, esclareceu.
“Se o contrato for concretizado no futuro, Mato Grosso poderá ser beneficiado. Os recursos poderão ser aplicados, também, na conclusão da etapa da ferrovia de Alto Araguaia até Rondonópolis”, disse o governador. Segundo ele, a ferrovia poderá passar por Cuiabá, indo até Lucas do Rio verde. De lá, uma derivação da ferrovia seguirá pelo Araguaia até encontrar a Ferrovia Norte Sul no Maranhão. O projeto que está se desenhando liga a ferrovia de São Luis, no Maranhão, passando por Mato Grosso, até o porto de Santos (SP).
“É um investimento de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões e inclui mais uma ferrovia em Minas Gerais e outra na Bahia. Pela proposta, o Brasil devolveria estes recursos com produtos, num espaço de 15 a 20 anos”. O assunto “financiamento da infra-estrutura” foi alvo de uma conversa na manhã de quinta-feira entre Maggi o presidente Lula, os ministros Antônio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento) e empresários chineses. “Lula determinou que o ministro Mantega se envolva no processo para levar financiamento da China ao Brasil financiando a infra-estrutura não só para a construção de ferrovias, mas também de portos”.
O fato de os chineses estarem interessados em comprar soja diretamente dos produtores e empresas nacionais pode acelerar os entendimentos para o financiamento.de infra-estrutura. “Tem soja sobrando no Brasil, mas eles não querem comprar das tradings”, revelou Maggi. Diante disso, a avaliação é que cresce a necessidade de se investir em infra-estrutura na construção de corredores de exportação já que todos os corredores existentes estão com a capacidade esgotada. Nesta sexta-feira, o governador Blairo Maggi dá seqüência a visita oficial à China e, juntamente com os empresários, irá conhecer a província de Zhengzhou. A programação prevê visitas a uma esmagadora de soja e também a frigoríficos.
A entrevista começou por volta das 6h no horário de Mato Grosso - 18h no horário em Xangai - e foi concedida do escritório da Bolsa de Mercadorias & Futuros, que seria inaugurado à noite. Assim que acabou a entrevista Maggi saiu para participar do jantar de instalação que servirá de base de apoio para os governos de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A BM&F irá firmar uma parceria com a Dallian Commodity Exchange (DCE), bolsa de futuros de Dallian, que movimenta no mercado asiático 700 mil contratos futuros agrícolas por dia, a maioria de soja. “Para o presidente da BM&F, Manoel Félix da Cintra Neto, a parceria é estratégica para ampliar as fronteiras no mercado asiático elevando a liquidez dos contratos de futuros de produtos agrícolas.
A entrevista de Maggi foi acompanhada no estúdio de Rádio da Secom pelo secretário-adjunto, João Negrão, os jornalistas Paulo Coelho (Folha do Estado), Noelma de Oliveira (Diário de Cuiabá) e pela coordenadora da Rádio Secom, Maria Góes. Na conversa com os repórteres, o governador disse que os objetivos da viagem estavam se cumprindo. “O Estado é um promotor de negócios e tem participado de palestras e de rodadas de negócios”, disse Maggi, que, pela manhã, foi um dos palestrantes num seminário promovido pela BM&F, ao lado dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e José Orcírio de Moraes, o “Zeca do PT” (MS). Segundo ele, o estado de Mato Grosso é bastante conhecido na China e o destaque é o agronegócio.
“Estamos plantando agora para colher nos próximos anos”, disse Maggi, que chamou a atenção para uma das peculiaridades do povo chinês. “No início eles são desconfiados em relação ao brasileiro. E isso acontece também do brasileiro para o chinês. Isso se deve as diferenças culturais e envolve também os tradutores”, revelou o governador, que confirmou a realização de vários negócios entre os empresários mato-grossenses integrantes da comitiva.
“Temos ainda muito trabalho pela frente para atingir o mercado da China. Mas já foram fechados vários negócios nos segmentos de carne suína e de frango, além de contratos para a venda de madeira. Estes negócios no início são pequenos, mas poderão se transformar em grandes negócios, não só para os empresários de Mato Grosso, mas também para os cerca de 500 empresários que vieram na comitiva do presidente Lula”, disse o governador.
CONTRATOS - Um dos contratos fechados nesta quinta-feira foi entre o Frigorífico Marfrig, que irá exportar experimentalmente carne e couro para a China. De acordo com o diretor-presidente da empresa, Marcos Molina dos Santos, que viajou na comitiva com o governador, o contrato é importante na medida em que abre possibilidades de ocupar espaço no mercado chinês.
A Marfrig possui sete unidades de abate em Mato Grosso (Tangará da Serra), Mato Grosso do Sul e também em São Paulo. Com a inauguração da sétima unidade em Paranatinga, a empresa aumentou a capacidade em 20%, atingindo a produção de 36 mil toneladas de carne bovina por mês. O grupo, com sede em Santo André (SP), tem 4 mil funcionários e responde por mais de 5% de toda a produção brasileira de carne bovina, que é de 7,5 milhões de toneladas por ano. Além da Marfrig, os frigoríficos Frigomarca (Pedra Preta) e Excelência (Nova Mutum) também firmaram seus primeiros contratos experimentais com o governo chinês.
Durante a entrevista, Blairo Maggi revelou, ainda, que não será desta vez que a China irá assinar protocolo de intenção para realizar obras de infra-estrutura no Brasil. “Levaram do Brasil dois ou três projetos, e isso atrapalhou”, disse Maggi, apontando outra peculiaridade chinesa. O Governo brasileiro chegou a fazer vários contatos com as empresas estatais com a expectativa de ser assinado o protocolo.
Ocorre que eles querem negociar objetivamente a partir de um projeto completo. Por isso, o projeto de financiamento, será reformulado, unificado e, provavelmente apresentado novamente em dois ou três meses. “Não é uma coisa para se resolver a curto prazo. Mas será a partir da assinatura desse protocolo de intenção que as negociações envolvendo empresas e bancos estatais poderão resultar em financiamento para o Brasil”, esclareceu.
“Se o contrato for concretizado no futuro, Mato Grosso poderá ser beneficiado. Os recursos poderão ser aplicados, também, na conclusão da etapa da ferrovia de Alto Araguaia até Rondonópolis”, disse o governador. Segundo ele, a ferrovia poderá passar por Cuiabá, indo até Lucas do Rio verde. De lá, uma derivação da ferrovia seguirá pelo Araguaia até encontrar a Ferrovia Norte Sul no Maranhão. O projeto que está se desenhando liga a ferrovia de São Luis, no Maranhão, passando por Mato Grosso, até o porto de Santos (SP).
“É um investimento de US$ 2,5 bilhões a US$ 3 bilhões e inclui mais uma ferrovia em Minas Gerais e outra na Bahia. Pela proposta, o Brasil devolveria estes recursos com produtos, num espaço de 15 a 20 anos”. O assunto “financiamento da infra-estrutura” foi alvo de uma conversa na manhã de quinta-feira entre Maggi o presidente Lula, os ministros Antônio Palocci (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento) e empresários chineses. “Lula determinou que o ministro Mantega se envolva no processo para levar financiamento da China ao Brasil financiando a infra-estrutura não só para a construção de ferrovias, mas também de portos”.
O fato de os chineses estarem interessados em comprar soja diretamente dos produtores e empresas nacionais pode acelerar os entendimentos para o financiamento.de infra-estrutura. “Tem soja sobrando no Brasil, mas eles não querem comprar das tradings”, revelou Maggi. Diante disso, a avaliação é que cresce a necessidade de se investir em infra-estrutura na construção de corredores de exportação já que todos os corredores existentes estão com a capacidade esgotada. Nesta sexta-feira, o governador Blairo Maggi dá seqüência a visita oficial à China e, juntamente com os empresários, irá conhecer a província de Zhengzhou. A programação prevê visitas a uma esmagadora de soja e também a frigoríficos.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382528/visualizar/
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