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Quinta - 27 de Maio de 2004 às 15:20

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Los Angeles - Os advogados de Michael Jackson alegam que os promotores no caso de abuso de menores estão dificultando o acesso da defesa a dezenas de entrevistas com testemunhas e centenas de provas apreendidos em buscas policiais.

Pela lei, a defesa tem que ser avisada da descoberta de qualquer evidência para se preparar para a disputa no tribunal. “O direito do senhor Jackson de ter um julgamento justo está sendo colocado em risco devido à demora da promotoria em mostrar as provas para a defesa”, dizia uma petição de 13 de maio pedindo que o juiz estabelecesse uma data limite para que a acusação mostrasse o material. O documento, tornado público terça-feira, mostra a grandiosidade da investigação sobre Jackson, destacando que existem “dezenas, se não mais de 100” testemunhas envolvidas.

A petição indica que a acusação acumulou mais de 1.100 páginas de documentos, incluindo relatórios de polícia, resumos de entrevistas com testemunhas, 51 fitas de áudio e duas fitas de vídeo, desde o pedido de aviso de novas evidências, em janeiro. O volume de provas que a defesa quer examinar poderia atrasar o julgamento.

Os advogados dizem que estariam prontos em dezembro, e o juiz já avisou que quer começar ainda este ano. Jackson se declarou inocente a 10 acusações por abuso de menores, uso de entorpecentes e conspiração, envolvendo alegações de seqüestro de menor, cárcere privado e extorsão. A defesa afirma que a acusação tem de permitir que sejam avaliados 300 itens recolhidos durante uma busca na casa de Jackson e em outros locais, em novembro.

A promotoria disse que os itens ainda estão sendo examinados e não estão disponíveis. Uma audiência está marcada para sexta-feira na Corte Superior de Santa Barbara, para que o juiz Rodney Melville avalie os dois pedidos da defesa, tanto o das provas, como o de redução da fiança de US$ 3 milhões de Jackson. A família do garoto que alega ser uma das vítimas no caso, enviou uma reivindicação contra o Condado de Los Angeles, alegando que informações confidenciais vazaram pelo Departamento de Menores e Serviços Familiares. O documento, que veio a público em dezembro, dizia que o pop star estava livre depois que o garoto negou que havia sido abusado por Jackson. O departamento falhou em manter o direito de privacidade do garoto e nunca se desculpou, de acordo com o requerimento, que precede um futuro processo. “O que queremos é um pedido de desculpas” por danos morais e uma investigação sobre o vazamento da informação, disse o advogado Larry Feldman ontem. Em uma declaração, o departamento disse que está investigando. “Estamos compromissados a trabalhar com os advogados do distrito e com as agências do condado para encontrar a pessoa, ou o responsável, pela divulgação destas informações confidenciais e fazê-los pagar por isso”, disse o diretor David Sanders.




Fonte: AE - AP

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