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Quinta - 27 de Maio de 2004 às 13:37
Por: Fábio Monteiro

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O superintendente de Questões Indígenas, Idevar Sardinha, recebeu na manhã desta quinta-feira (27.05) a visita de dois representantes da nação Xavante na reserva São Marcos, localizada próximo do município de Barra do Garças.

A reserva São Marcos é composta por 42 aldeias, com aproximadamente 3,5 mil índios xavantes. O chefe da aldeia Salvador (11 km da reserva São Marcos), Cleber Urebe Tsoropre, reivindicou ao superintendente, melhorias nas questões de saúde e educação para os índios que vivem na região. “Quando precisamos ir para a cidade, seja por urgência ou por questões de saúde, não temos como ir por falta de transporte”, diz Tsoropre.

O representante da reserva, Eugênio Rupawê, informou que os problemas da reserva são muitos, principalmente em relação à saúde e educação. De acordo com Rupawê, existe na reserva a Missão Salesiana, que conta com uma escola e posto de saúde para atender a demanda de todas as aldeias da reserva. “O serviço é precário. No exemplo da aldeia Salvador, as crianças têm que ficar em nossa reserva para poder estudar, pois a distância é muito grande para percorrer a pé. Se precisarmos ir até a cidade temos que pegar emprestado o carro da Missão”, diz Rupawê. “Gostaríamos que o Governo do Estado nos ajudasse construindo uma escola e um posto de saúde na reserva e que fosse cedido um veículo para transporte de índios”.

Segundo o superintendente Idevar Sardinha, o Governo do Estado já está trabalhando intensamente para atender as demandas das reservas. Sardinha ressaltou que Mato Grosso já possui 12 projetos indígenas formatados e já estão sendo aplicados em aldeias do Estado. “A nação Xavante, que possui 180 aldeias, cerca de 12 mil índios, já está sendo beneficiada com esses projetos, a exemplo das aldeias localizadas em Primavera do Leste, Pimentel Barbosa e Santo Antônio do Leste”, ressaltou o superintendente.

Sardinha disse ainda que o Governo do Estado priorizou inicialmente as áreas em conflito, onde é necessário maior atenção. “Estamos ouvindo as lideranças indígenas para levantar os problemas nas aldeias e resolver de forma ágil e o mais rápido possível. Nós não podemos assumir o papel da Funai e Funasa que são responsáveis institucionalmente pelas questões indígenas. Como parceiro, o Governo do Estado busca juntar forças com empresários, lideranças políticas e indígenas, e até com a sociedade, para que esses problemas sejam resolvidos”.

“O modelo que o Governo Maggi adota para resolver as questões indígenas gera a independência das aldeias que são beneficiadas. Queremos que as reservas possam se manter, por meio de extrativismo, pesca, caça e até na agricultura, para que possam sobreviver sem precisar de ajuda de terceiros”, finaliza Sardinha.




Fonte: Secom - MT

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