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Cidades/Geral
Quarta - 26 de Maio de 2004 às 09:38
Por: Simone Wesley

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Com o objetivo de intensificar o controle da malaria no país, os governos federais, estaduais e municipais estão reunidos no I Encontro Estadual da Malária, no Hotel Mato Grosso Palace, que acontece entre os dias 24 e 26 de maio, em período integral.

A abertura do evento aconteceu nesta segunda–feira (24.05), às 20h30, onde o representante do Ministério da Saúde, Rui Moreira Braz relatou aos participantes a situação da malaria na Amazônia Legal, sobre as condições desfavoráveis no controle, a pouca integração dos órgãos como Incra e Ibama, plano de educação e saúde para os municípios prioritários, diagnóstico e tratamento, entre outros.

Em Mato Grosso há 1.409 casos notificados de Malária. Dentre os municípios de maior incidência da doença estão Juruena, Aripuana, Castanheira, Colniza, Sinop, Juina, Marcelandia, Brasnorte, Vila Rica, entre outros.

O Plano Estadual de Controle da Malária foi elabora para intensificar o controle em 17 municípios prioritários, onde os índices de casos registrados foram superior a 50%.

Os Estados do Amazonas, Pará e Rondônia são responsáveis por 80% dos casos. Acre, Amapá e Roraima com 16.8% de registros da doença e Mato Grosso, Tocantins e Maranhão com 3% dos casos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde cerca de 2.4 bilhões de pessoas em todo mundo estão expostas ao risco de contrair a doença. Existem aproximadamente 500 milhões de casos em todo mundo, com mais de um milhão de óbitos.

Na Amazônia Legal, no ano de 2003 houve mais de 406 mil casos, sendo 11 mil internações e 89 óbitos.

Segundo Rui Braz, o ciclo da malária é sazonal, ou seja, com picos entre os meses de junho a setembro. Daí a necessidade de antecipar medidas para enfrentar esse período critico. Esse encontro é justamente para conscientizar e elaborar medidas para controlar e prevenir os avanços do mosquito, conforme a realidade de cada região.

Os medicamentos serão entregues nos Centros Especializados de acordo com o número de notificações.

Todos os municípios vão receber apoio técnico, infra-estrutura e capacitação tanto do Governo do Estado como do Ministério da Saúde. Serão investidos mais de R$ 5 milhões no controle da doença. A Secretária de Estado de Saúde (SES) pretende intensificar atividades de controle principalmente na Atenção Básica.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Ses, Beatriz Castro, a prevenção ainda é o melhor tratamento da malária. “Temos que conscientizar a população a respeitar os hábitos dos mosquitos, que ataca no anoitecer e no amanhecer, que o tratamento não deve ser interrompido só porque houve melhora, entre outros cuidados”, explicou Beatriz Castro.

Segundo a coordenadora medidas de proteção individual como colocar telas nas portas e janelas, dormir com mosquiteiros e uso de medicamentos e alimentos como tiamina e o alho têm sido usados para repelir o mosquito.

Doença - A malária é uma doença infecciosa causada pelo parasita plasmódio e transmitida pela picada do mosquito anofelino que se infectou ao sugar o sangue de um doente. O agente transmissor da malária é conhecido popularmente pelo nome de mosquito prego ou carapanã.

No Brasil há três espécies de plasmódio que causam a malária: Plasmódium vivax, Plasmodium falciparum e Plasmodium malarieae. Os sintomas mais freqüentes são dor de cabeça, dor no corpo, vômitos, febre alta, calafrios alternados, sudorese abundante por causa da presença de plasmódios no sangue. Eles não aparecem de imediato à picada do mosquito. Existe um período de incubação e sua duração depende da espécie de plasmódio.




Fonte: Secom - MT

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