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Índios terão recursos para investir em industria de castanhas
Os técnicos da superintendência de Programas Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Seder) estão orientando as lideranças indígenas das aldeias Apiaká, Kayabi e Munduruku, no município de Juara (630 km de Cuiabá), na elaboração do projeto de revitalização da Indústria de Beneficiamento de Castanha do Brasil, instalada pela comunidade.
Em reunião na manhã desta terça-feira (25.05), o grupo da comunidade indígena e o diretor da MT Fomento, Amado Oliveira, o coordenador da Superintendência de Assuntos Indígenas, Idevar Sardinha e o superintendente de Programas Especiais, Argeu Ortiz, discutiram com as lideranças os mecanismos e as fontes de recursos para viabilizar o funcionamento da industria que está desativada por falta de capital de giro.
O coordenador da Associação Indígena Araruê, Erivaldo Morimã, explicou que a indústria foi instalada em 2003, com recursos do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a prefeitura de Juara. “O pessoal recebeu treinamento, visitamos industrias em Macapá no Amapá, mas não conseguimos produzir por falta de dinheiro para adquirir a matéria-prima”, disse o índio. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela comunidade é a concorrência com os atravessadores que compram a castanha para revender para as indústrias em São Paulo.
Entre as alternativas para a alocação de recursos estão o novo programa de Governo, o ProveMais que está sendo finalizado e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) B, direcionado à famílias com renda anual de até R$ 2 mil, índios, quilombolas e pescadores tradicionais. “No Pronaf B temos cerca de R$ 2 milhões disponíveis para aplicação até o mês de julho deste anos. É possível com este recurso atender até duas mil famílias”, garantiu o secretário-executivo do Pronaf e superintendente de Agricultura Familiar da Seder, Amarildo Melo Duarte. O financiamento com recursos do Pronaf prevê dois anos de prazo para a implantação do projeto, um ano de carência para o pagamento com 1% de juros ao ano e 25% de bônus de adimplência (desconto). “A idéia é financiar o extrativismo da castanha. Há outros projetos sendo discutidos pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) e pela Seder na comunidade indígena de Gomes Carneiro, no município de Santo Antônio do Leverger”, informou o superintendente. De acordo com o diretor da MT Fomento, Amado Oliveira, este é o caminho mais viável para alocar recursos para os índios à curto prazo. “Uma empresa brasileira, a Cogno, está disposta a comprar a produção da industria para exportar para a Europa pro 7 euros. O mercado existe, mas eles precisam se organizar para pa mercado garantir a matéria-prima sem competir com os atravessadores”, considerou o diretor. Os índios dizem que pretendem fazer o aproveitamento de 100% da castanha produzindo biscoito, adubo e carvão vegetal com as sobras do produto. “Não queremos só produzir com a matéria-prima das aldeias, mas com toda a produção de castanha do Vale do Arinos, de Alta Floresta à cidade de Sinop. Vamos criar a cooperativa, nos profissionalizar e incentivar a comunidade, mostrando o que o projeto significa. O lucro da comercialização será dividido entre os cooperados e o que sobrar será investido em melhorias nas aldeias, habitação, escola e posto se saúde”, garantiu Erivaldo Morimã. A produção de castanha das aldeias é de cerca de 65 mil quilos por ano e da região, 250 mil quilos e a maior parte é vendida aos atravessadores do sul do país. A Indústria de Beneficiamento do Brasil é capacidade para beneficiar 18 toneladas por mês. “Também iremos fazer o reflorestamento das castanheiras na região para garantir a continuidade do projeto”, assegurou o grupo de índios. Para o superintendente de Assuntos Indígenas do governo do Estado, Idevar Sardinha, a indústria vai agregar valor à castanha que atualmente saí in natura de Mato Grosso. “O extrativismo da castanha faz parte das tradições do povo indígena e com a industria eles poderão ter renda e mais qualidade de vida”, constatou.
Em reunião na manhã desta terça-feira (25.05), o grupo da comunidade indígena e o diretor da MT Fomento, Amado Oliveira, o coordenador da Superintendência de Assuntos Indígenas, Idevar Sardinha e o superintendente de Programas Especiais, Argeu Ortiz, discutiram com as lideranças os mecanismos e as fontes de recursos para viabilizar o funcionamento da industria que está desativada por falta de capital de giro.
O coordenador da Associação Indígena Araruê, Erivaldo Morimã, explicou que a indústria foi instalada em 2003, com recursos do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a prefeitura de Juara. “O pessoal recebeu treinamento, visitamos industrias em Macapá no Amapá, mas não conseguimos produzir por falta de dinheiro para adquirir a matéria-prima”, disse o índio. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela comunidade é a concorrência com os atravessadores que compram a castanha para revender para as indústrias em São Paulo.
Entre as alternativas para a alocação de recursos estão o novo programa de Governo, o ProveMais que está sendo finalizado e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) B, direcionado à famílias com renda anual de até R$ 2 mil, índios, quilombolas e pescadores tradicionais. “No Pronaf B temos cerca de R$ 2 milhões disponíveis para aplicação até o mês de julho deste anos. É possível com este recurso atender até duas mil famílias”, garantiu o secretário-executivo do Pronaf e superintendente de Agricultura Familiar da Seder, Amarildo Melo Duarte. O financiamento com recursos do Pronaf prevê dois anos de prazo para a implantação do projeto, um ano de carência para o pagamento com 1% de juros ao ano e 25% de bônus de adimplência (desconto). “A idéia é financiar o extrativismo da castanha. Há outros projetos sendo discutidos pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) e pela Seder na comunidade indígena de Gomes Carneiro, no município de Santo Antônio do Leverger”, informou o superintendente. De acordo com o diretor da MT Fomento, Amado Oliveira, este é o caminho mais viável para alocar recursos para os índios à curto prazo. “Uma empresa brasileira, a Cogno, está disposta a comprar a produção da industria para exportar para a Europa pro 7 euros. O mercado existe, mas eles precisam se organizar para pa mercado garantir a matéria-prima sem competir com os atravessadores”, considerou o diretor. Os índios dizem que pretendem fazer o aproveitamento de 100% da castanha produzindo biscoito, adubo e carvão vegetal com as sobras do produto. “Não queremos só produzir com a matéria-prima das aldeias, mas com toda a produção de castanha do Vale do Arinos, de Alta Floresta à cidade de Sinop. Vamos criar a cooperativa, nos profissionalizar e incentivar a comunidade, mostrando o que o projeto significa. O lucro da comercialização será dividido entre os cooperados e o que sobrar será investido em melhorias nas aldeias, habitação, escola e posto se saúde”, garantiu Erivaldo Morimã. A produção de castanha das aldeias é de cerca de 65 mil quilos por ano e da região, 250 mil quilos e a maior parte é vendida aos atravessadores do sul do país. A Indústria de Beneficiamento do Brasil é capacidade para beneficiar 18 toneladas por mês. “Também iremos fazer o reflorestamento das castanheiras na região para garantir a continuidade do projeto”, assegurou o grupo de índios. Para o superintendente de Assuntos Indígenas do governo do Estado, Idevar Sardinha, a indústria vai agregar valor à castanha que atualmente saí in natura de Mato Grosso. “O extrativismo da castanha faz parte das tradições do povo indígena e com a industria eles poderão ter renda e mais qualidade de vida”, constatou.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382799/visualizar/
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