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Saúde
Terça - 25 de Maio de 2004 às 11:04
Por: Adriane Rangel

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As comissões permanentes da Assembléia Legislativa começaram a apreciar um projeto de lei que propõe a obrigatoriedade à prescrição de medicamentos genéricos na emissão do receituário. “A população carente precisa contar com a aquisição de remédios genéricos”, disse o deputado Carlos Brito (PPS) autor do projeto de lei. Ele ressalta que essa medida vai contribuir significativamente para que os mato-grossenses tenham maior acesso aos tratamentos medicamentosos, principalmente aqueles que possuem renda muito baixa e que necessita de remédio constantemente.

“A prescrição vai beneficiar a população, ao poder constar no receituário os produtos genéricos, para aqueles que não tem condições de pagar por remédios com preços mais altos”, avaliou.

Conforme a justificativa os medicamentos genéricos podem ser vendidos por uma parcela do preço de seu equivalente de marca, seu preço baixo ocorre em parte do fato de que os medicamentos genéricos podem ser aprovados para a venda sem os detalhados e onerosos exames clínicos que procuram provar que eles são seguros e eficazes.

Vale acrescentar que os genéricos ao representarem princípios ativos já conhecidos do público em geral e profissionais da saúde, ele dispensa vultuosos investimentos em marketing, comuns em lançamentos de produtos de marca.

A aposentada Alcina Cunha Amorin que é hirpertensa defende o uso de genérico. “Os genéricos são tão bons quanto os produtos de marca, além de ser mais baratos. Só que isso não está sendo bem aproveitado pela população em geral porque geralmente os médicos passam pra os pacientes remédios mais caros”, ressaltou ela, ao acrescentar que usa um remédio genérico para pressão alta que tem diferença de preço de 50% do outro mais caro.

“Sou favorável a dar uma opção ao paciente, se existe a opção do genérico nas receitas é excelente, para que os pacientes possam escolher o que melhor atende com o seu bolso”, afirmou o médico Guilherme Maluf.

“Mas é imprescindível tomar cuidado, pois existem muitos remédios de lançamentos que são eficazes e remédios injetáveis que não possuem genéricos ainda, mas sempre que houver o genérico é necessário escrever que é comitente em genérico, para que possa alertar o paciente da escolha”.

A ginecologista Patrícia Borges não concorda com o projeto de lei para ela os remédios deveria ser distribuído de graça para a população carente. “Os remédios genéricos não tem o mesmo efeito que os outros e acabam por terem preços iguais e às vezes até mais caro que os medicamentos normais”, disse ao ressaltar que não utiliza os genéricos e que muitas vezes não encontra um genérico adquado para seus pacientes.




Fonte: Assessoria/AL

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