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Internacional
Terça - 25 de Maio de 2004 às 09:51

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O governo dos Estados Unidos admitiu dias difíceis no Iraque, mas garantiu que não falhará. A declaração foi feita hoje pelo presidente norte-americano, George W. Bush, numa tentativa de reverter a queda de sua popularidade, contornar a crise e delinear os planos para a constituição de um novo governo no país árabe. Entre as decisões anunciadas, está a demolição da prisão de Abu Ghraib e a permanência dos 138 mil soldados por tempo indeterminado.

O discurso de Bush foi o primeiro de uma série de seis que ele fará antes de 30 de junho para tranqüilizar a opinião pública sobre o andamento dos eventos no Iraque e obter apoio internacional. As mais recentes pesquisas de opinião indicam que 54% dos americanos acham que a guerra não valeu a pena, enquanto o índice de popularidade do presidente é de 41%, o mais baixo em três anos.

Em seu pronunciamento na Escola de Guerra do exército, em Carlisle, na Pensilvânia, Bush admitiu que "há dias difíceis pela frente e que o Iraque vive um momento crítico, parecendo caótico, mas que a coalizão está forte, concentrada e inexorável para promover progresso e reforma."

Entre aos anúncios, o presidente sugeriu a demolição da prisão de Abu Ghraib, palco de torturas e abusos contra presos, caso as novas autoridades aprovem. A carceragem, disse "converteu-se em um símbolo de conduta vergonhosa por parte de alguns soldados americanos que desonraram nosso país e desprezaram nossos valores".

Os EUA, prometeu ele, vão se encarregar da construção de uma prisão moderna de segurança máxima, a qual serão levados os presos de Abu Ghraib. "Demoliremos a prisão como símbolo do novo início no Iraque", declarou.

Com relação à permanência das tropas no país, Bush disse que os 138 mil soldados americanos, cerca de 20 mil a mais do que previa o Pentágono, permanecerão no Iraque "o tempo que for necessário" para garantir a paz e a estabilidade.

"Os Estados Unidos perseverarão e derrotarão o inimigo, mas nossa meta não é só derrotá-lo, é dar força a um amigo, a um governo livre e representativo que servirá a seu povo. Quanto antes esta meta for alcançada, antes teremos completado nossa tarefa". Os comandantes militares decidirão se é necessário aumentar o número de soldados dos EUA no país árabe. "Se necessitarem mais tropas, obterão", confirmou.

No fim do discurso, Bush disse que depois da devolução da soberania as tropas dos EUA e da coalizão permanecerão no Iraque sob o comando americano e como parte de uma força multinacional aprovada pela ONU. "Completar os cinco períodos do governo eleito iraquiano não será fácil. Teremos sucesso e não falharemos. Deus abençoe a América", desejou Bush.




Fonte: Terra

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