Governo do Estado investe em obras de infra-estrutura, habitação e saúde

Alta Floresta, MT – No mês em que completa 28 anos de emancipação político-administrativa, o município de Alta Floresta ( 808 quilômetros de Cuiabá) foi contemplado com diversos benefícios do Governo do Estado. A instalação de uma policlínica, em parceria com a Prefeitura Municipal e inaugurada na última sexta-feira (21.05), irá beneficiar mais de 6 mil famílias, além de recursos, por meio de convênios a ser celebrados, para obras de infra-estrutura no município, como pavimentação das rodovias MT-419, 010 e 320, além da recuperação de trechos vicinais.

Outro investimento do Governo do Estado contemplando o município foi a liberação de recursos no valor de R$196 mil, por meio do Programa Pró-Reforma, para a manutenção e recuperação de maquinários da Prefeitura.

Famílias carentes de Alta Floresta também foram beneficiadas, no ano de 2003, com 25 moradias populares construídas com recursos do Fundo Estadual para o Transporte e Habitação (Fethab) e neste ano já foi iniciada a construção de mais 23 unidades habitacionais no município.

Para o prefeito de Alta Floresta, Romoaldo Boraczynski, os investimentos representam o comprometimento do Governo com a população e com os municípios de Mato Grosso. “É a busca pelo benefício para milhares de pessoas que aqui moram”, ressaltou.

Durante visita ao município na última sexta-feira (21.05), a governadora em exercício, Iraci França, ressaltou a preocupação do Governo em executar obras sociais que possam melhorar a vida da população.”Essa policlínica é um exemplo do trabalho que o Governo está fazendo em prol da nossa população”, afirmou Iraci.

HISTÓRIA E LUTAS – O município de Alta Floresta, que está entre os mais desenvolvidos no Estado, surgiu do empenho e ideal de um dos últimos colonizadores brasileiros do século XX, Ariosto da Riva. Em 19 de maio de 1976, abriram-se as primeiras clareiras no meio da Mata Amazônica, lugar onde foi fundado o município de Alta Floresta, às margens da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém (PA). O nome do município surgiu, então, por força da própria localização, em mata densa e alta da Floresta Amazônica.

Ao idealizar o projeto de colonização de Alta Floresta, Ariosto, que já havia fundado outras cidades no atual Estado de Mato Grosso do Sul, dizia que a idéia era estabelecer uma comunidade de fazendeiros que pudessem sobreviver com a colheita da própria região, criando empregos e riqueza no coração da Amazônia.” Mas eu sabia que tinha que tinha que fornecer infra-estrutura adequada para que essa comunidade pudesse florescer”.

Com recursos da família e empréstimos bancários, Ariosto fundou o Indeco – Integração, Desenvolvimento e Colonização – e depois adquiriu terras, em processo licitatório do Governo Federal, por preço irrisório para colonização imediata. Riva levou para o local recém-desbravado, novidades e conhecimentos em colonização, com a idéia de aproveitar, já nos primeiros anos, a renda advinda da coleta de frutos amazônicos, destacando-se assim, das demais colonizações que antes passavam por intenso processo de assentamento, com muitas despesas, antes de começar a produzir.

Com a abertura de espaço com infra-estrutura, Ariosto da Riva abria, simultaneamente, canteiros de pesquisas agrícolas para que se pudesse ter pleno conhecimento da natureza local e conseqüentemente, êxito no empreendimento da colonização.

Durante visita do então presidente da época, João Figueiredo, ao município, em junho de 1980, ele ouviu de Ariosto da Riva o seguinte: Se a colonização de Sinop orgulhou-se de colocar uma usina de álcool no meio do sertão e Colíder se tornou conhecida por ter sido a colonização que mais cresceu na década passada, Alta Floresta terá o direito de se orgulhar de ter sido a cidade, que em tempo recorde – apenas quatro anos – se tornou Município, fato este certamente único na história do país”.

ECONOMIA – Ao longo da fundação e colonização, o município de Alta Floresta teve no extrativismo vegetal e mineral as mais destacadas atividades econômicas. Com o passar do tempo, a busca pelo ouro diminuiu e a agricultura ganhou destaque com a cultura perene de dendê, mamona, cupuaçu, seringueira, café, acerola, amendoim e algodão, além de outras frutas. Outra atividade de destaque na economia é a pecuária de corte.

Com a crescente divulgação das belezas amazônicas, o turismo tomou força, gerando grandes investimentos na infra-estrutura hoteleira.

Do extenso município com 9.310 km2, originaram-se outras cidades como Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde, Nova Bandeirante e Nova Santa Helena.