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Agronegócios
Domingo - 23 de Maio de 2004 às 18:46

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A China informou a embaixada brasileira em Pequim que não diminuirá as atuais exigências de qualidade para o recebimento de soja do Brasil. “Hoje a posição é tolerância zero", disse o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que foi informado ontem da intransigência chinesa.

Na quarta-feira, o ministério enviou um representante para a China para tentar convencer o parceiro comercial de que as exigências atuais são exageradas.

A China não aceita receber carregamentos de soja que contenham sementes tratadas com fungicida. Segundo Rodrigues, outros países são mais flexíveis e admitem carregamentos de soja em grãos com até 0,2% de sementes com fungicida.

Na semana passada, os chineses proibiram quatro empresas de venderem soja brasileira para seu país. A China diz que encontrou sementes com fungicida misturadas aos grãos. Segundo Rodrigues, as análises preliminares demonstram que a contaminação era de 0,06% do carregamento.

A questão, que preocupa o Brasil, será tema das conversas de Rodrigues na China, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A China é atualmente o principal mercado para a soja brasileira. Caso os chineses não mudem de opinião, mesmo depois da visita presidencial, Rodrigues afirmou que o Brasil cumprirá os critérios estabelecidos. ´O cliente sempre tem razão", disse o ministro, ao sair de um encontro com o seu colega da Fazenda, Antonio Palocci Filho.

Segundo Rodrigues, o encontro com Palocci foi para discutir recursos para o Plano Safra deste ano. O objetivo de Rodrigues é garantir, para a próxima safra, 30% a mais de financiamentos. Na safra 2003/2004, os recursos investidos na agricultura, com juros subsidiados, foram de cerca de R$ 23 bilhões. Ainda não foi possível encontrar recursos adicionais para financiar a próxima safra.




Fonte: Agrojornal

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