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Internacional
Sábado - 22 de Maio de 2004 às 23:06
Por: Caio Junqueira

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O ex-presidente americano Bill Clinton elogiou neste sábado a gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) nas áreas de reforma agrária, saúde e educação.

Por diversas vezes ele mencionou a política de prevenção à Aids, iniciada durante a gestão FHC. "O Brasil é o único país do mundo de economia emergente que está fazendo a coisa certa em relação à Aids. Devemos dar visibilidade a esse programa."

Ele disse ainda que FHC ajudou o Brasil e o mundo e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua com esse compromisso.

Clinton participou da cerimônia de inauguração do iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso), em São Paulo. Também participaram o ex-primeiros-ministros da França Lionel Jospin e de Portugal António Guterres, além do ex-presidente do Uruguai Julio Sanguinetti.

Personalidades políticas compareceram ao evento, como o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), os ex-ministros Paulo Renato de Souza (Educação) e Pedro Malan (Fazenda), os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga e Gustavo Franco.

Democracia

Na palestra intitulada "Por uma governança global democrática", Clinton criticou instituições internacionais, como o FMI, por não praticarem a democracia. "As instituições que desejam a democracia precisam praticá-la. É preciso que os países saibam que eles fazem diferença."

Ele disse também que os países ricos precisam mostrar ao mundo os benefícios que a democracia fornece. "Os países ricos precisam mostrar que [a democracia] vale a pena. A democracia sozinha não funciona."

Para ele, "as democracias são mais do que eleições em que a maioria governa. São lugares em que há o direito das minorias, a liberdade de associação, de imprensa e de religião". Ele alertou para o fato de que "nas novas democracias há o perigo de que não se inclua os direitos das minorias".

Sobre a atual política externa americana, Clinton disse que o país precisa "ter mais parcerias e menos inimigos" e que Bush não invadiu o Iraque por interesse nas reservas de petróleo do país. "Não somos uma potência colonialista. Não queremos ocupar territórios."




Fonte: Folha Online

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