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Clinton critica atual regime democrático e o FMI
São Paulo - O atual regime democrático e as instituições internacionais, entre elas o Fundo Monetário Internacional (FMI), foram os principais alvos de críticas do ex-presidente norte-americano, Bill Clinton, que proferiu hoje em São Paulo palestra sobre os valores democráticos durante cerimônia de inauguração do Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC) e que teve o tema "Por uma Governança Global Democrática" .
Clinton que falou por cerca de uma hora para um auditório composto por personalidades políticas, empresariais e do sistema financeiro, pediu a redemocratização das instituições internacionais e não poupou críticas ao FMI, onde um país como a Bélgica, segundo ele, tem mais votos hoje do que o Brasil. "Temos de democratizar as instituições internacionais", disse o ex-presidente. Para ele, estas instituições deveriam apoiar os países mais pobres até como forma de levar suas populações, principalmente as que vivem sob regimes de governos autoritários, a entenderem os valores da democracia e os benefícios que emanam desta democracia.
"Como podemos sair pelo mundo fazendo discursos bonitos sobre democracia se as pessoas não recebem no seu dia-a-dia os benefícios das ações de um governo democrático?", indagou Clinton. Para ele, é muito difícil fazer as pessoas da antiga União Soviética, por exemplo, acreditarem que a democracia é um regime melhor que a ditadura, sendo que esta região é hoje o lugar em que mais morrem pessoas afetadas pelo vírus da aids.
O ex-presidente Clinton acredita que o atual sistema democrático peca por não atender os anseios das minorias, dos mais pobres, o que atua na mão inversa da universalidade dos direitos humanos, estabelecida com a criação da ONU. Na visão de Clinton, a democracia não pode ser apenas um instrumento capaz de atrair investimentos. Para ele, o mundo atual vive a era de globalização, mas não só financeira e política. "Vivemos em uma era de interdependência global e quando alguém espirra na Ásia, vocês aqui no Brasil têm que adotar a quarentena asiática", disse.
Isto, de acordo com o ex-presidente dos EUA, exige um ajuste do arcabouço democrático, com os países mais ricos devendo assumir a responsabilidade de investir e apoiar programas de saúde e educacionais nos países pobres e que ainda vivem sob regimes de ditadura. "Estaremos salvos quando tivermos educação e saúde para todos. Não é possível falar de democracia se para cada quatro crianças no mundo uma morre de malária e diarréia por não ter acesso à água limpa", questiona Clinton.
Segundo ele, o que se percebe é que as pessoas não enxergam os governos democráticos como um força positiva em suas vidas. "Tanto os benefícios como as obrigações têm de ser compartilhadas. Ninguém é dono da verdade. Temos de trabalhar juntos", disse Clinton, para quem neste aspecto pesa a participação das ONGs como entidades que preenchem as lacunas governamentais.
Clinton que falou por cerca de uma hora para um auditório composto por personalidades políticas, empresariais e do sistema financeiro, pediu a redemocratização das instituições internacionais e não poupou críticas ao FMI, onde um país como a Bélgica, segundo ele, tem mais votos hoje do que o Brasil. "Temos de democratizar as instituições internacionais", disse o ex-presidente. Para ele, estas instituições deveriam apoiar os países mais pobres até como forma de levar suas populações, principalmente as que vivem sob regimes de governos autoritários, a entenderem os valores da democracia e os benefícios que emanam desta democracia.
"Como podemos sair pelo mundo fazendo discursos bonitos sobre democracia se as pessoas não recebem no seu dia-a-dia os benefícios das ações de um governo democrático?", indagou Clinton. Para ele, é muito difícil fazer as pessoas da antiga União Soviética, por exemplo, acreditarem que a democracia é um regime melhor que a ditadura, sendo que esta região é hoje o lugar em que mais morrem pessoas afetadas pelo vírus da aids.
O ex-presidente Clinton acredita que o atual sistema democrático peca por não atender os anseios das minorias, dos mais pobres, o que atua na mão inversa da universalidade dos direitos humanos, estabelecida com a criação da ONU. Na visão de Clinton, a democracia não pode ser apenas um instrumento capaz de atrair investimentos. Para ele, o mundo atual vive a era de globalização, mas não só financeira e política. "Vivemos em uma era de interdependência global e quando alguém espirra na Ásia, vocês aqui no Brasil têm que adotar a quarentena asiática", disse.
Isto, de acordo com o ex-presidente dos EUA, exige um ajuste do arcabouço democrático, com os países mais ricos devendo assumir a responsabilidade de investir e apoiar programas de saúde e educacionais nos países pobres e que ainda vivem sob regimes de ditadura. "Estaremos salvos quando tivermos educação e saúde para todos. Não é possível falar de democracia se para cada quatro crianças no mundo uma morre de malária e diarréia por não ter acesso à água limpa", questiona Clinton.
Segundo ele, o que se percebe é que as pessoas não enxergam os governos democráticos como um força positiva em suas vidas. "Tanto os benefícios como as obrigações têm de ser compartilhadas. Ninguém é dono da verdade. Temos de trabalhar juntos", disse Clinton, para quem neste aspecto pesa a participação das ONGs como entidades que preenchem as lacunas governamentais.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/383070/visualizar/
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