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Economia
Sábado - 22 de Maio de 2004 às 17:09
Por: Elder Ogliari

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Porto Alegre - As cooperativas agrícolas do Rio Grande do Sul deixaram de receber soja dos produtores rurais e de transportar o grão para o terminal portuário de Rio Grande, na zona Sul do Estado. A decisão foi tomada na sexta-feira pela Federação das Cooperativas Agrícolas do Estado (Fecoagro), que orientou suas associadas a suspender o carregamento do produto e o envio de caminhões ao porto.

A paralisação das atividades é resultado da suspeita de que sementes tratadas com agrotóxicos, proibidas ao consumo humano, tenham sido misturadas a cargas embarcadas para a China e recusadas pelo governo daquele país. A necessidade de revisar todos os estoques represou o produto no porto e deixou lotados os quatro terminais graneleiros, com capacidade para 1,6 milhão de toneladas. Com isso, cerca de 400 caminhões que chegaram a Rio Grande nos últimos dias não puderam descarregar e estão parados.

Para não ampliar o problema, as cooperativas vão deixar de movimentar cargas pelo menos até segunda-feira, quando uma reunião do presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, com representantes do Ministério da Agricultura, vai reavaliar a situação.

A partir de segunda-feira, a Ministério da Agricultura vai fiscalizar a qualidade da soja gaúcha nos silos de produtores, cooperativas, caminhões e vagões, além dos armazéns portuários. O objetivo é detectar se há mistura de grãos tratados com fungicida nos estoques destinados à venda para consumo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Polícia Federal podem ser acionadas se houver necessidade de efetuar apreensões.




Fonte: Estadão.com

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