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Laura sofre e dá fôlego a "Celebridade"
Gilberto Braga já tinha reafirmado, em Celebridade, sua excelência na construção de vilãs. Desde o começo da trama, a obcecada Laura é, de longe, a mais interessante personagem da trama - graças também à bela interpretação de Cláudia Abreu, que empresta charme, simpatia e uma boa dose de humor à interesseira.
Desta vez, no entanto, o autor conseguiu surpreender ao antecipar em muitos capítulos a purgação da víbora. Acostumados a ter de esperar até os momentos finais das tramas para ver os vilões pagando seus pecados, os telespectadores deram 58% de audiência à novela, com share de 81%, no dia em que Laura foi esbofeteada pela politicamente correta Maria Clara (Malu Mader).
O justiçamento da vilã teve pico de 67 pontos no Ibope, o que prova que Gilberto vem acertando na estratégia. Não por acaso, Laura continua passando por maus bocados. Agora nas mãos de Renato Mendes, o não menos maligno personagem de Fábio Assunção.
O embate dos dois tem rendido cenas impagáveis, como a inacreditável situação em que a conformada noivinha foi obrigada a servir champanhe ao canalha e sua acompanhante, uma garota de programa bem ao estilo das que ele costumava "traçar" no início da novela. E, o que é melhor, até o inescrupuloso jornalista fica bem mais interessante ao investir suas energias nesta vingança pessoal que destilando seu veneno contra tudo e todos, no mau humor que lhe é costumeiro.
A nova fase do personagem tem dado a Fábio Assunção a possibilidade de exercitar uma interpretação mais cheia de nuances. Afinal, um ego ferido pode render dramaturgicamente bem mais que a velha compulsão por dinheiro e poder.
Mas os ganhos vão além das cenas envolvendo Laura e Renato. Ao despachar a agora banguela vilã do paraíso para o purgatório, Gilberto Braga conseguiu dar novo fôlego à protagonista da trama. Ninguém agüentava mais ver a combalida produtora musical só levando bolada nas costas, resignando-se o tempo todo e disseminando aquela bela filosofia de que, com trabalho - e nada mais - poderia reconstruir o império caído.
Desde o começo da história, Maria Clara não chegava aos pés de Laura nos quesitos carisma e interesse para o público. A mocinha andava mesmo bastante insossa, principalmente depois que deixou de freqüentar festas badaladas e atrair multidões de repórteres. Com a virada, o autor conseguiu, finalmente, conquistar a torcida do público para a personagem de Malu Mader.
E provou que a protagonista não precisa ser aquela figurinha careta, certinha, que diz sim a tudo que vier, esperando o final feliz. Agora, Maria Clara quer vingança. Ainda que seja mais por medo que por vontade de ver a causadora de seus males ardendo em algum mármore do inferno. Quaisquer que sejam seus motivos, no entanto, ela já deu provas de que está disposta a lutar. Tanto que "infiltrou" a assistente Zaíra no território inimigo e agora faz tudo para descobrir por que a megerinha aceita viver praticamente como prisioneira de Renato.
Mas o sofrimento da vilã cumpre ainda outra importante função na trama. Com o assassinato de Lineu acontecendo cerca de três meses antes do final da novela, não havia como cozinhar a história em banho-maria com o velho mistério do "quem matou?".
Logo nos primeiros capítulos depois da morte do empresário, o autor chegou a "pesar a mão" ao colocar insinuações e atitudes suspeitas nos textos de inúmeros personagens, em algumas vezes beirando até o ridículo. Poderia ter seguido por aí, mas, sabiamente, preferiu deixar o suspense um pouco de lado e renovou os ares da trama com o "inferno astral" de Laura.
Agora, enquanto explora as boas situações advindas da novidade, ele volta a investir na trama policial com a morte de Queiroz. Já houve, inclusive, uma nova série de insinuações e pífias atitudes suspeitas nos mais inimagináveis personagens... Mas, agora, não devem faltar boas e bem-humoradas cenas para dividir a atenção com o manjadíssimo recurso de salpicar "fios da meada" para serem desenrolados lá no último capítulo da novela.
Desta vez, no entanto, o autor conseguiu surpreender ao antecipar em muitos capítulos a purgação da víbora. Acostumados a ter de esperar até os momentos finais das tramas para ver os vilões pagando seus pecados, os telespectadores deram 58% de audiência à novela, com share de 81%, no dia em que Laura foi esbofeteada pela politicamente correta Maria Clara (Malu Mader).
O justiçamento da vilã teve pico de 67 pontos no Ibope, o que prova que Gilberto vem acertando na estratégia. Não por acaso, Laura continua passando por maus bocados. Agora nas mãos de Renato Mendes, o não menos maligno personagem de Fábio Assunção.
O embate dos dois tem rendido cenas impagáveis, como a inacreditável situação em que a conformada noivinha foi obrigada a servir champanhe ao canalha e sua acompanhante, uma garota de programa bem ao estilo das que ele costumava "traçar" no início da novela. E, o que é melhor, até o inescrupuloso jornalista fica bem mais interessante ao investir suas energias nesta vingança pessoal que destilando seu veneno contra tudo e todos, no mau humor que lhe é costumeiro.
A nova fase do personagem tem dado a Fábio Assunção a possibilidade de exercitar uma interpretação mais cheia de nuances. Afinal, um ego ferido pode render dramaturgicamente bem mais que a velha compulsão por dinheiro e poder.
Mas os ganhos vão além das cenas envolvendo Laura e Renato. Ao despachar a agora banguela vilã do paraíso para o purgatório, Gilberto Braga conseguiu dar novo fôlego à protagonista da trama. Ninguém agüentava mais ver a combalida produtora musical só levando bolada nas costas, resignando-se o tempo todo e disseminando aquela bela filosofia de que, com trabalho - e nada mais - poderia reconstruir o império caído.
Desde o começo da história, Maria Clara não chegava aos pés de Laura nos quesitos carisma e interesse para o público. A mocinha andava mesmo bastante insossa, principalmente depois que deixou de freqüentar festas badaladas e atrair multidões de repórteres. Com a virada, o autor conseguiu, finalmente, conquistar a torcida do público para a personagem de Malu Mader.
E provou que a protagonista não precisa ser aquela figurinha careta, certinha, que diz sim a tudo que vier, esperando o final feliz. Agora, Maria Clara quer vingança. Ainda que seja mais por medo que por vontade de ver a causadora de seus males ardendo em algum mármore do inferno. Quaisquer que sejam seus motivos, no entanto, ela já deu provas de que está disposta a lutar. Tanto que "infiltrou" a assistente Zaíra no território inimigo e agora faz tudo para descobrir por que a megerinha aceita viver praticamente como prisioneira de Renato.
Mas o sofrimento da vilã cumpre ainda outra importante função na trama. Com o assassinato de Lineu acontecendo cerca de três meses antes do final da novela, não havia como cozinhar a história em banho-maria com o velho mistério do "quem matou?".
Logo nos primeiros capítulos depois da morte do empresário, o autor chegou a "pesar a mão" ao colocar insinuações e atitudes suspeitas nos textos de inúmeros personagens, em algumas vezes beirando até o ridículo. Poderia ter seguido por aí, mas, sabiamente, preferiu deixar o suspense um pouco de lado e renovou os ares da trama com o "inferno astral" de Laura.
Agora, enquanto explora as boas situações advindas da novidade, ele volta a investir na trama policial com a morte de Queiroz. Já houve, inclusive, uma nova série de insinuações e pífias atitudes suspeitas nos mais inimagináveis personagens... Mas, agora, não devem faltar boas e bem-humoradas cenas para dividir a atenção com o manjadíssimo recurso de salpicar "fios da meada" para serem desenrolados lá no último capítulo da novela.
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/383119/visualizar/
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