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Economia
Terça - 18 de Maio de 2004 às 09:51
Por: André Palhano

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São Paulo - Praticamente todas as projeções para as variáveis econômicas domésticas em 2004 e 2005 registraram piora na última pesquisa mensal de projeções realizada pela Febraban, com 54 instituições bancárias. Apenas as previsões relacionadas à balança comercial e às contas correntes melhoraram.

A previsão para o saldo da balança em 2004 subiu de US$ 24,6 bilhões na pesquisa feita no início de abril para US$ 25,2 bilhões na última pesquisa, realizada nas duas primeiras semanas de maio. O saldo das transações correntes no ano passou de US$ 1,28 bilhão na pesquisa de abril para US$ 2,02 bilhões. As demais variáveis econômicas, como a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), do risco País, do câmbio, dos juros e da inflação, tiveram suas expectativas revistas para baixo.

O crescimento do PIB de 2004 foi revisto de 3,52% para 3,46%. É a primeira vez que o número fica abaixo da projeção oficial do governo, de 3,5%. Para 2005, o crescimento do PIB foi ajustado de 3,64% para 3,58%. Parte dessa revisão guarda relação com o ajuste para a taxa Selic. No começo de abril, os bancos estimavam para 2004 uma Selic média de 15,12% e de 13,70% no final do ano. Na última pesquisa, a taxa média sobe para 15,31% e 14,13%, respectivamente.

As previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2004 passaram dos 5,93% na pesquisa anterior para 6,13 na pesquisa de maio. Para 2005, a inflação ao consumidor sobe de 5,10% para 5,16%. A previsão para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) no ano saiu dos 7,41% para 8,44% e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) ficou estável em 5,61% no ano.

Em relação ao risco Brasil (EMBI), as projeções dos bancos para o final deste ano pularam de 458,48 pontos-base para 545,63 pontos. Para 2005, de 404,67 pontos-base para 479,14 pontos. O volume de investimentos diretos foi revisto de US$ 12 93 bilhões para US$ 12,09 bilhões e a taxa de câmbio teve uma revisão marginal para 2004: a taxa média saiu dos R$ 2,97 para R$ 2,99 e a taxa na ponta saiu dos R$ 3,05 para R$ 3,08.

As projeções para o crescimento das carteiras de crédito dos bancos ficaram estáveis em 16,14%. A piora generalizada das expectativas econômicas entre os bancos, explica o economista chefe da Febraban, Roberto Troster, está diretamente ligada à turbulência que tem afetado os mercados nas últimas semanas.




Fonte: Estadão.com

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