Ex-presidente do Benfica é acusado de falsificar documentos

O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa abriu oficialmente hoje, sexta-feira, um novo processo judicial contra o ex-presidente do Benfica, João Vale e Azevedo, por oito delitos de falsificação de documentos e um por malversação de fundos. Segundo o juiz Avelino Frescata, o ex-presidente do Benfica "falsificou vários documentos", entre eles, poderes para hipotecar um imóvel pertencente a Pedro Dantas da Cunha, sem a autorização deste último.

Vale e Azevedo está em prisão preventiva e também é acusado de falsificar os documentos para vender à empresa Euroárea os terrenos da parte sul do Estádio da Luz, onde o Benfica joga, em troca de outros na margem sul do rio Tajo, perto da cidade de Seixal, para edificar no local uma cidade esportiva.

O juiz Frescata informou que existem "provas abundantes" para sustentar as acusações apresentadas pela Procuradoria contra Vale e Azevedo.

Vale e Azevedo já tinha sido condenado em 17 de abril de 2002, depois de mais de dois meses de audiências, por malversação de fundos e lavagem de dinheiro -1,3 milhão de euros- procedente da venda do goleiro russo Sergei Ovchinikov ao clube esportivo Alverca, em julho de 1999.