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Agronegócios
Sexta - 14 de Maio de 2004 às 16:00
Por: Fabíola Salvador

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O presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, disse hoje que o governo brasileiro e a iniciativa privada vão fazer ofensivas junto ao governo chinês para reverter o embargo imposto à compra de soja de quatro empresas que exportam soja brasileira - Noble Grain, Cargill Agrícola, Irmãos Trevisan e Bianchini.

Mendes explicou que o nível de contaminação por fungicida na carga de 59 mil toneladas de soja rejeitada pelo governo da China é de 0,06%, nível muito baixo e permitido dentro das regras internacionais. "Se fosse à justiça internacional para uma arbitragem, a carga seria classificada como dentro dos parâmetros", afirmou.

As normas internacionais consideram até 0,2% com nível aceitável. Ele disse, no entanto, que uma "análise fotográfica do lote mostrou com muita evidência a contaminação". "A contaminação pegou muito mal", completou. O governo da China quer resíduo zero nas cargas. "Com a China, é tolerância zero", disse. A China é o principal mercado para a soja brasileira.

Mendes participou hoje de reunião com membros do governo para discutir o embargo e avaliou que o caso mais complicado, em termos comerciais, é a suspensão de compras da soja da Cargill Agrícola. "Sem a Cargill, podemos perder de 20% a 30% das exportações para a China", disse ele, estimando que o mercado chinês irá demandar neste ano de 6 a 7 milhões de toneladas de soja brasileira.

Ele disse que ficou acertado na reunião de hoje o programa de conscientização dos produtores para evitar a mistura de soja em grão com sementes. Também ficou acertado maior fiscalização nos portos, principalmente no porto de Rio Grande (RS), principal ponto de saída da soja para a China.




Fonte: Estadão.com

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