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Desarticulação da base aliada impõe derrota a Lula
Brasília - A derrota do governo Lula hoje no plenário do Senado, com o arquivamento da medida provisória (MP) dos Bingos, pode ser atribuída a fatores que vão desde o descontentamento dos aliados com o governo e à desorganização da base aliada até ao radicalismo do discurso adotado pelo PT nos debates. A líder do partido, Ideli Salvatti (SC), conseguiu irritar até mesmo senadores da oposição que votariam com o governo ao bradar que o voto contra a MP dos bingos seria o apoio à contravenção e do narcotráfico. “Assim não dá, com esse discurso da Ideli”, afirmou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Outro que foi agressivo nos pronunciamentos foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR), tentando atribuir o voto contrário à MP à volta do crime organizado. Ele comentou, em plenário, que quem votasse contra seria convidado para um jantar com o bicheiro Carlos Cachoeira. Discursos à parte, focos de insatisfação foram identificados entre senadores do PMDB. O senador Gilberto Mestrinho (AM) reclama que está perdendo cargos de terceiro escalão em seu Estado para o PT, sem que o Planalto tomasse medidas.
Já o senador Geraldo Mesquita (PSB-AC) disse que votou com coerência e criticou a forma “precipitada e açodada” como o governo conduziu a discussão da matéria no Senado. “Para regulamentar os bingos é preciso que estejam funcionando e precisamos analisar o papel da Caixa Econômica, pois 20 modalidades de jogos funcionam muito bem”, disse.
Na avaliação do senador, o governo não soube operar politicamente com sua base de sustentação, sofrendo uma derrota. Pela manhã, o governo já havia dado sinais de descontrole de sua bancada, quando a oposição conseguiu aliados entre os governistas e instalou, contra a vontade do Palácio do Planalto, a comissão mista que examinará a Medida Provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260,00.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, considerou uma “temeridade” tentar um acordo de última hora para alterar a MP dos bingos sem um sinal positivo da Câmara. Em conversa, por telefone, com a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), o ministro disse que, por conta do acirramento das relações entre Câmara e Senado, ele não teria como bancar a aprovação da emenda do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que proibia o caça-níquel, mas mantinha o jogo de cartela.
“O governo preferiu perder a fazer esse acordo”, reagiu o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), ressaltando que Aldo Rebelo ficou entre liberar os bingos, como queria Quintanilha, ou perder a votação. Dos 23 senadores do PMDB, cinco votaram contra o governo e o senador Sergio Cabral (PMDB-RJ) se absteve para, em seguida, pedir que alterasse seu voto. Entre os senadores do PMDB que contribuíram com a derrota do governo estão o senador João Alberto (PMDB-MA) e Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), ligados ao presidente do Senado, José Sarney.
Renan Calheiros, que disputa a presidência do Senado com Sarney, disse que seus seguidores votaram a favor da admissibilidade da MP dos bingos. “Alguns fizeram até revisão de votos”, disse o líder, citando, como exemplo, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS). O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) saiu do plenário, juntamente com outros oito senadores de partidos distintos. Mas, os baianos Rodolpho Tourinho e Cesar Borges, ambos do PFL, votaram com o partido, o que não é usual. A senadora Roseana Sarney (PFL-MA) se absteve, como também o pefelista João Ribeiro (TO).
Outro que foi agressivo nos pronunciamentos foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR), tentando atribuir o voto contrário à MP à volta do crime organizado. Ele comentou, em plenário, que quem votasse contra seria convidado para um jantar com o bicheiro Carlos Cachoeira. Discursos à parte, focos de insatisfação foram identificados entre senadores do PMDB. O senador Gilberto Mestrinho (AM) reclama que está perdendo cargos de terceiro escalão em seu Estado para o PT, sem que o Planalto tomasse medidas.
Já o senador Geraldo Mesquita (PSB-AC) disse que votou com coerência e criticou a forma “precipitada e açodada” como o governo conduziu a discussão da matéria no Senado. “Para regulamentar os bingos é preciso que estejam funcionando e precisamos analisar o papel da Caixa Econômica, pois 20 modalidades de jogos funcionam muito bem”, disse.
Na avaliação do senador, o governo não soube operar politicamente com sua base de sustentação, sofrendo uma derrota. Pela manhã, o governo já havia dado sinais de descontrole de sua bancada, quando a oposição conseguiu aliados entre os governistas e instalou, contra a vontade do Palácio do Planalto, a comissão mista que examinará a Medida Provisória que fixou o salário mínimo em R$ 260,00.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, considerou uma “temeridade” tentar um acordo de última hora para alterar a MP dos bingos sem um sinal positivo da Câmara. Em conversa, por telefone, com a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), o ministro disse que, por conta do acirramento das relações entre Câmara e Senado, ele não teria como bancar a aprovação da emenda do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), que proibia o caça-níquel, mas mantinha o jogo de cartela.
“O governo preferiu perder a fazer esse acordo”, reagiu o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), ressaltando que Aldo Rebelo ficou entre liberar os bingos, como queria Quintanilha, ou perder a votação. Dos 23 senadores do PMDB, cinco votaram contra o governo e o senador Sergio Cabral (PMDB-RJ) se absteve para, em seguida, pedir que alterasse seu voto. Entre os senadores do PMDB que contribuíram com a derrota do governo estão o senador João Alberto (PMDB-MA) e Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), ligados ao presidente do Senado, José Sarney.
Renan Calheiros, que disputa a presidência do Senado com Sarney, disse que seus seguidores votaram a favor da admissibilidade da MP dos bingos. “Alguns fizeram até revisão de votos”, disse o líder, citando, como exemplo, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS). O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) saiu do plenário, juntamente com outros oito senadores de partidos distintos. Mas, os baianos Rodolpho Tourinho e Cesar Borges, ambos do PFL, votaram com o partido, o que não é usual. A senadora Roseana Sarney (PFL-MA) se absteve, como também o pefelista João Ribeiro (TO).
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/383963/visualizar/
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