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Cidades/Geral
Terça - 04 de Maio de 2004 às 10:48
Por: Rose Domingues

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Diante de diagnósticos sociais "alarmantes", como a taxa de homicídios entre jovens que cresceu 442% nos últimos 10 anos, em Mato Grosso, o Grupo de Trabalho Estadual (GTE) está se preparando para a III Conferência Estadual de Direitos Humanos, que será realizada entre os dias 14 e 15 de maio, em Cuiabá.

Conforme publicou A Gazeta, as estatísticas sobre as mortes na Capital revelam o maior "salto" registrado no país, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano. O número de assassinatos por arma de fogo também aumentou de 17,5 pessoas para cada 100 mil habitantes para 77,5. Os índices colocam o Estado em 6º lugar no ranking nacional de mortes e o 1º na região Centro-Oeste.

"Não podemos entrar para o viés da banalização da violência. Nada disso é normal e tudo precisa ser discutido", defende a secretária executiva do GTE, Ângela Maria dos Santos, que também é conselheira do Movimento Nacional de Diretos Humanos.

Ela explica que é preciso cobrar das autoridades públicas mais emprego e serviços de qualidade para a população. "Violência não se resolve apenas com polícia, é preciso investir em programas sociais, isso incluiu principalmente educação e saúde".

Para o coordenador do Centro de Direitos Humanos Henrique Trindade, Teobaldo Witter, o desemprego e o desrespeito ao trabalhador precisam acabar. "O trabalhador não pode continuar sendo visto como uma peça descartável da máquina que pode ser enxugada diante de qualquer crise". Na opinião dele, que, assim como Ângela, esteve presente em uma audiência pública na Câmara Municipal de Cuiabá, para antecipar as principais discussões da III Conferência Estadual de Direitos Humanos, a meta do poder público deveria ser "geração de renda e emprego".

Após o encontro estadual, os integrantes de movimentos sociais e instituições públicas mato-grossenses devem participar da IX Conferência Nacional dos Direitos Humanos, entre os dias 29 junho e 2 de julho.




Fonte: A Gazeta

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