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Cidades/Geral
Terça - 04 de Maio de 2004 às 10:40
Por: Keka Werneck

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Cabeleireiras, enfermeiras, diversas outras profissionais, inclusive as do sexo, estão entre 89 homens que se vestem de mulher e compõem a Associação das Travestis do Estado de Mato Grosso (Astramt), que existe, extra-oficialmente, desde 25 de março de 2003. A presidente da entidade, Lilith, explica que a instituição visa defender os interesses da categoria, mas que, desde outubro do ano passado, tenta registrá-la em cartório, sem conseguir. Conforme Lilith, entraves burocráticos estão sendo colocados por "preconceito".

"As pessoas pensam que todos os travestis estão na prostituição e isso é um erro", observa.

A responsável pelo 1º Serviço Notorial e Registral de Cuiabá, Glória Alice Ferreira Bertoli, suscitou dúvida sobre a idoneidade do estatuto da Astramt, aprovado por "profissionais do sexo", assim como por outras associadas. "Não poderia registrar uma instituição ilegal", justifica ela. "Não sei se é ou não é".

Lilith reforça que está havendo homofobia. "A cada hora surge novo impedimento", desconfia.




Fonte: A Gazeta

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