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Cidades/Geral
Terça - 04 de Maio de 2004 às 07:46
Por: Denise Nyederaurer

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As delegadas Maria Alice Amorim, Alana Cardoso e Luzia de Fátima Machado, da Delegacia Especializada de Polícia Fazendária e Administração Pública apresentaram, na sede da Polícia Judiciária Civil, o resultado das investigações sobre o desvio de dinheiro público no município de Confresa (1.160 km de Cuiabá). O ex-prefeito Iron Marques Parreira teria desviado mais de três milhões (R$ 3,669 milhões) dos cofres do município.

Segundo a polícia fazendária, os desvios era feitos através de notas fiscais falsas de compras feitas pelo prefeito em nome da administração municipal. Com as notas fiscais, foram montados processos de compras que no balancete mensal eram apresentadas Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A partir de 2000 até 2002 TCE rejeitou as contas do município, por não constatar nenhuma licitação realizada em nome do município, uma vez que qualquer compra pública acima de R$ 8 mil é exigido, por lei, o processo de licitação.

As delegadas Maria Alice Amorim e Alana Cardoso foram designadas ao município para a execução de cinco mandatos de busca e apreensão, onde coletaram documentos.

Além do prefeito mais cinco pessoas foram indiciadas. Mauricio Ricardo Nunes, que montava os processos; Luiz Nunes Torres, presidente da comissão de licitação na gestão 2001; Carmem Teresinha Caxambu, esposa do prefeito que era ordenadora de despesas da secretária de saúde de Confresa; e Cleonice Marques Parreira, irmã de Iran e tesoureira da prefeitura e Gilmar Mendes Ferreira que vendia as notas fiscais.

Iron Marques foi indiciado por falsificar documentos públicos, peculato, formação de quadrilha e improbidade administrativa. Segundo a delegada Maria Alice Amorim, o ex-prefeito comprava as notas falsificadas de um "representante" de uma quadrilha especializada do estado do Tocantins. As notas frias eram em nome de várias secretarias, para a aquisição de medicamentos, combustíveis, execução de obras, equipamentos e materiais escolares.

O valor do desvio é estipulado de três anos do universo das investigações, de 2000 a 2003. Como o prefeito exercia o cargo desde 1997 e estava cumprindo o seu segundo mandato, a delegada acredita que o valor da fraude pode ser maior.

Durante as investigações a policia não constatou nenhum bem em nome de Iron Marques. A policia já solicitou a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-prefeito que renunciou ao cargo em 6 de dezembro de 2003. Ele deve prestar depoimento a policia nos próximos dias.




Fonte: Assessoria/Policia Civil

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