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Casas anfíbias: nova arma holandesa contra inundações
Maasbommel, Holanda - Não por acaso se trata dos Países Baixos: a Holanda está sempre procurando formas de lutar contra a ameaça das águas. Sua nova arma são as casa anfíbias.
Durante séculos, os holandeses construíram diques para proteger-se do mar. Agora que se prevêem inundações mais freqüentes devido à mudança do clima mundial, resolveram aprender a conviver com o mar ao invés de mantê-lo à distância.
Essa mudança de atitude reflete-se num novo projeto de casas em Maasbommel, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Amsterdã. É uma comunidade de casas anfíbias.
Ao contrário das casas flutuantes ancoradas nos canais holandeses, ou das aldeias flutuantes da Ásia, essas casas são construídas em terreno firme. Mas são projetadas para flutuar em caso de inundações. Elas foram fabricadas em madeira leve e com base de granito oca, o que permite a flutuação.
Sem partes fixas de cimento, a estrutura está apenas depositada sobre o solo e ajustada a postes de 5 metros de altura com anéis deslizantes, o que permite que acompanhe a subida da água. Todos os cabos elétricos e os encanamentos de água e saneamento são feitos em tubos flexíveis e vão dentro dos postes de sustentação.
As casas de 65 metros quadrados estão situadas do outro lado de um dique, em uma linda planície próxima de uma das principais vias aquáticas do país, o Rio Maas, de frente a um embarcadouro.
As casas respondem também à outra necessidade aguda da Holanda: encontrar espaço para residências no país de maior densidade demográfica da Europa, observa Chris Zevenbergen, da empresa encarregada do projeto, a Dura Vermeer. Elas podem contribuir para a redução no déficit de 40% de terrenos aptos para o desenvolvimento urbano nos próximos 50 anos.
A um preço inicial de 260.000 euros (R$ 938.600,00) para uma casa com três dormitórios pequenos, as moradias são caras para uma cidadezinha como Maasbommel. Mesmo assim, muitas unidades já foram vendidas e os novos proprietários preparam-se para ocupá-las.
“Elas são como qualquer outra casa”, diz o construtor, Has van de Beek. “A única diferença é que, quando sobe a água, sobe a casa.”
Por isso, durante períodos de subida das marés, os moradores precisarão de um bote para ir do dique, onde estacionam seus carros, até a casa.
Durante mais de mil anos, os holandeses desenvolveram técnicas para conter o mar e ganhar terreno sobre ele. Os vertedouros de terra e as bombas de desaguar, movidas por moinhos, criaram áreas secas roubadas às águas, chamadas polders, onde se ergueram cidades, pastos e campos de cultivo. Se não fosse por seu sistema de diques e canais, hoje metade da Holanda já teria submergido.
O país tem padecido de graves inundações na última década, especialmente em 1993 e 1995, que causaram danos de milhões de dólares. Em 1953, mais de 1.800 pessoas morreram durante uma inundação que é lembrada simplesmente como “o desastre”.
Os cientistas advertem que o aquecimento global fará piorar a situação. O Painel de Mudanças Climáticas das Nações Unidas prevê que as chuvas, na Holanda, poderão aumentar até 25% e que o nível do mar subirá até 1,10 metro neste século.
Durante séculos, os holandeses construíram diques para proteger-se do mar. Agora que se prevêem inundações mais freqüentes devido à mudança do clima mundial, resolveram aprender a conviver com o mar ao invés de mantê-lo à distância.
Essa mudança de atitude reflete-se num novo projeto de casas em Maasbommel, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Amsterdã. É uma comunidade de casas anfíbias.
Ao contrário das casas flutuantes ancoradas nos canais holandeses, ou das aldeias flutuantes da Ásia, essas casas são construídas em terreno firme. Mas são projetadas para flutuar em caso de inundações. Elas foram fabricadas em madeira leve e com base de granito oca, o que permite a flutuação.
Sem partes fixas de cimento, a estrutura está apenas depositada sobre o solo e ajustada a postes de 5 metros de altura com anéis deslizantes, o que permite que acompanhe a subida da água. Todos os cabos elétricos e os encanamentos de água e saneamento são feitos em tubos flexíveis e vão dentro dos postes de sustentação.
As casas de 65 metros quadrados estão situadas do outro lado de um dique, em uma linda planície próxima de uma das principais vias aquáticas do país, o Rio Maas, de frente a um embarcadouro.
As casas respondem também à outra necessidade aguda da Holanda: encontrar espaço para residências no país de maior densidade demográfica da Europa, observa Chris Zevenbergen, da empresa encarregada do projeto, a Dura Vermeer. Elas podem contribuir para a redução no déficit de 40% de terrenos aptos para o desenvolvimento urbano nos próximos 50 anos.
A um preço inicial de 260.000 euros (R$ 938.600,00) para uma casa com três dormitórios pequenos, as moradias são caras para uma cidadezinha como Maasbommel. Mesmo assim, muitas unidades já foram vendidas e os novos proprietários preparam-se para ocupá-las.
“Elas são como qualquer outra casa”, diz o construtor, Has van de Beek. “A única diferença é que, quando sobe a água, sobe a casa.”
Por isso, durante períodos de subida das marés, os moradores precisarão de um bote para ir do dique, onde estacionam seus carros, até a casa.
Durante mais de mil anos, os holandeses desenvolveram técnicas para conter o mar e ganhar terreno sobre ele. Os vertedouros de terra e as bombas de desaguar, movidas por moinhos, criaram áreas secas roubadas às águas, chamadas polders, onde se ergueram cidades, pastos e campos de cultivo. Se não fosse por seu sistema de diques e canais, hoje metade da Holanda já teria submergido.
O país tem padecido de graves inundações na última década, especialmente em 1993 e 1995, que causaram danos de milhões de dólares. Em 1953, mais de 1.800 pessoas morreram durante uma inundação que é lembrada simplesmente como “o desastre”.
Os cientistas advertem que o aquecimento global fará piorar a situação. O Painel de Mudanças Climáticas das Nações Unidas prevê que as chuvas, na Holanda, poderão aumentar até 25% e que o nível do mar subirá até 1,10 metro neste século.
Fonte:
AE - AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/384199/visualizar/
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