Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 18 de Outubro de 2012 às 16:57

    Imprimir


Reprodução

O Parque Florestal do município de Sinop, a 503 quilômetros de Cuiabá, mudou o horário de visitação devido ao número de casos de malária. Em 2012 foram registrados 28 casos da doença, o que tem preocupado a saúde pública do município. A visitação do principal ponto turístico da cidade teve ser alterado para um horário especial e a visitação está proibida no período que vai das 16h às 9h, horário em que a fêmea do mosquito se alimenta e aumenta o risco de contágio da doença.

São em áreas em água parada e vegetação rasteira, como no parque de Sinop, que o mosquito usa para procriar. A limpeza do local ajuda a diminuir a incidência, mas ainda não é suficiente para acabar com o risco. Segundo o coordenador da vigilância ambiental, Cesário Rocha, o combate à malária é feito em várias etapas.

“O primeiro passo quando uma pessoa contrai a doença é tratar o paciente. O segundo, é fazer o controle vetorial, borrifando os imóveis com inseticidas químicos a fim de eliminar os mosquitos que já nasceram e que possivelmente estejam infectados nessas residências, e também fazer um controle em toda a região. No parque, por exemplo, fizemos uma limpeza nas margens, infelizmente alguns galhos caem novamente e, com isso, a tendência é ainda ficar com alguma infestação do mosquito”, explicou.

Apesar do risco de contágio da doença, os moradores do município parecem não estar preocupados com a situação. Carlos Gonçalves trabalha há 16 ano como ambulante na frente do parque e garante que a possibilidade de contrair malária não o assusta. “Nunca fiquei preocupado com isso. Tenho 72 anos de idade e o tempo que eu já estou aqui nunca sofri nada”, destacou.

Já a dona de casa Lucélia Martins, que mora próxima ao parque, leva parentes e conhecidos para conhecer o local, mas não deixa de tomar os cuidados necessários para prevenir a família dentro de casa. “Não ouvi falar de ninguém que pegou a doença, mas os moradores ficam comentando. Eu fecho sempre a casa mais cedo. Não espero escurecer para fechar as portas e janelas. E uma vez por semana eu dedetizo”, disse.

Em Sinop, o combate ao mosquito é feito nas residências próximas ao parque. As casas em que foram notificados os casos de contaminação são borrifadas por dentro e, segundo a vigilância ambiental, a proteção dura por seis meses. Além disso, outros cuidados que devem ser tomados são o uso de repelente e telas nas casas.

A vigilância ambiental recomenda ainda que os moradores evitem ficar nas proximidades do parque e respeitar o horário de visitação. Na casa da estudante Thalia Maciel, que fica ao lado do parque florestal, uma pessoa foi contaminada pela doença. “Ele começou tendo febre, não se alimentava direito, ficava o dia inteiro deitado na cama. Nós fizemos o exame e descobrimos que ele realmente estava com malária”, pontuou.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/38459/visualizar/