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Juiz conecta autores do 11-M e célula espanhola da Al Qaeda
MADRI - A investigação judicial sobre a célula espanhola da Al Qaeda liderada por Imad Eddin Barakat Yarkas, ‘Abu Dahdah’, revelou conexões entre o homem de confiança dele, Amer Azizi, e os supostos autores materiais dos atentados do dia 11 de março em Madri. Em um auto notificado hoje, o juiz da Audiência Nacional espanhola Baltasar Garzón afirma que, segundo dados remetidos pelas autoridades turcas, em outubro de 2000 foi celebrado em Istambul uma reunião da qual participaram, entre outros, Azizi e Said Berraj, contra quem o magistrado que investiga o 11 de março, Juan del Olmo, ditou em 30 de março uma ordem de busca e captura internacional.
Este dado estava em poder da Justiça espanhola vários meses antes do 11 de março, mas a resolução explica que Berraj não foi identificado como tal pela Polícia espanhola até o dia seguinte dos atentados, graças às fotografias remetidas pela Turquia. Azizi e Berraj estão foragidos: o primeiro escapou quando, em novembro de 2001, foi desarticulada a célula espanhola da Al Qaeda, enquanto ainda se trata de averiguar se o único dos sete terroristas ainda não identificado que se suicidou no dia 3 de abril na cidade madrilena de Leganés é Berraj, para o qual se solicitaram amostras de DNA a Marrocos.
O auto de Garzón indica que, em 10 de outubro de 2000, a Polícia turca deteve em Istambul Amer Azizi, Said Berraj, Mohammad Haddad e Salahedin Benyaich, Abu Mughen, depois detido em Marrocos em relação aos atentados de Casablanca de maio de 2003. Garzón disse que os quatro ‘tinham viajado juntos de Madri no dia 25 de setembro de 2000 para Istambul’, onde se alojaram em um apartamento alugado por Azizi, a espera de continuar viagem ao Irã e de lá, provavelmente, ao Afeganistão.
Del Olmo também fazia referência à reunião de Istambul em suas ordens internacionais de detenção contra seis suspeitos de participar dos atentados de Madri, cinco dos quais estão entre os terroristas suicidas de Leganés já identificados.
O magistrado afirmava que ‘das investigações se deduz também a suposta intervenção nos atentados terroristas de Said Berraj, supostamente vinculado à Al Qaeda em atenção a uma reunião efetuada em outubro de 2000 em Istambul com outros três supostos membros da citada Al Qaeda’, aos que não identifica.
Além disso, destacava as relações de Berraj com o suposto coordenador dos atentados, Serhane Ben Abdelmajid, ‘O Tunisiano’, morto em Leganés, e com um dos supostos autores materiais do massacre já detido, o sírio Basel Ghayoun. A ordem de detenção acrescentava que em 9 de março Berraj deixou seu domicílio e trabalho em Madri e, três dias depois, comunicou que ia ao Marrocos no enterro de sua irmã, embora depois tenha sido revelado que ele nunca teve uma irmã.
Berraj não é o único dos supostos autores materiais dos ataques do 11-M vinculado a Azizi, já que o número de telefone deste foi achado por Garzón quando, em agosto de 2001 a pedido da França, fez uma busca no domicílio em Madri de Jamal Zougam, detido em 13 de março e reconhecido por vários passageiros dos trens que explodiram.
Fontes da investigação indicaram depois dos atentados que no final de 2002 ‘O Tunisiano’ pediu a Azizi, a quem agora é situado como chefe militar da Al Qaeda na Europa, que lhe proporcionasse membros do Grupo Islâmico de Combatentes Marroquinos (GCIM) para fazer um atentado na Espanha.
Este disse-lhe que não poderia satisfazer seu pedido, pois grande parte desses ‘combatentes’ estavam ‘fichados’ ou presos na base militar americana de Guantánamo (Cuba), mas aprovou seus planos e afirmou que podia contar com o apoio da Al Qaeda. Os dados apresentados por Garzón mostram uma conexão entre os autores dos atentados de Madri e Casablanca e, através de Azizi, a estreita relação destes com a célula espanhola da Al Qaeda, à qual o juiz imputa uma decisiva participação na preparação dos atentados de 2001 nos EUA.
Este dado estava em poder da Justiça espanhola vários meses antes do 11 de março, mas a resolução explica que Berraj não foi identificado como tal pela Polícia espanhola até o dia seguinte dos atentados, graças às fotografias remetidas pela Turquia. Azizi e Berraj estão foragidos: o primeiro escapou quando, em novembro de 2001, foi desarticulada a célula espanhola da Al Qaeda, enquanto ainda se trata de averiguar se o único dos sete terroristas ainda não identificado que se suicidou no dia 3 de abril na cidade madrilena de Leganés é Berraj, para o qual se solicitaram amostras de DNA a Marrocos.
O auto de Garzón indica que, em 10 de outubro de 2000, a Polícia turca deteve em Istambul Amer Azizi, Said Berraj, Mohammad Haddad e Salahedin Benyaich, Abu Mughen, depois detido em Marrocos em relação aos atentados de Casablanca de maio de 2003. Garzón disse que os quatro ‘tinham viajado juntos de Madri no dia 25 de setembro de 2000 para Istambul’, onde se alojaram em um apartamento alugado por Azizi, a espera de continuar viagem ao Irã e de lá, provavelmente, ao Afeganistão.
Del Olmo também fazia referência à reunião de Istambul em suas ordens internacionais de detenção contra seis suspeitos de participar dos atentados de Madri, cinco dos quais estão entre os terroristas suicidas de Leganés já identificados.
O magistrado afirmava que ‘das investigações se deduz também a suposta intervenção nos atentados terroristas de Said Berraj, supostamente vinculado à Al Qaeda em atenção a uma reunião efetuada em outubro de 2000 em Istambul com outros três supostos membros da citada Al Qaeda’, aos que não identifica.
Além disso, destacava as relações de Berraj com o suposto coordenador dos atentados, Serhane Ben Abdelmajid, ‘O Tunisiano’, morto em Leganés, e com um dos supostos autores materiais do massacre já detido, o sírio Basel Ghayoun. A ordem de detenção acrescentava que em 9 de março Berraj deixou seu domicílio e trabalho em Madri e, três dias depois, comunicou que ia ao Marrocos no enterro de sua irmã, embora depois tenha sido revelado que ele nunca teve uma irmã.
Berraj não é o único dos supostos autores materiais dos ataques do 11-M vinculado a Azizi, já que o número de telefone deste foi achado por Garzón quando, em agosto de 2001 a pedido da França, fez uma busca no domicílio em Madri de Jamal Zougam, detido em 13 de março e reconhecido por vários passageiros dos trens que explodiram.
Fontes da investigação indicaram depois dos atentados que no final de 2002 ‘O Tunisiano’ pediu a Azizi, a quem agora é situado como chefe militar da Al Qaeda na Europa, que lhe proporcionasse membros do Grupo Islâmico de Combatentes Marroquinos (GCIM) para fazer um atentado na Espanha.
Este disse-lhe que não poderia satisfazer seu pedido, pois grande parte desses ‘combatentes’ estavam ‘fichados’ ou presos na base militar americana de Guantánamo (Cuba), mas aprovou seus planos e afirmou que podia contar com o apoio da Al Qaeda. Os dados apresentados por Garzón mostram uma conexão entre os autores dos atentados de Madri e Casablanca e, através de Azizi, a estreita relação destes com a célula espanhola da Al Qaeda, à qual o juiz imputa uma decisiva participação na preparação dos atentados de 2001 nos EUA.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/384633/visualizar/
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