Bush dá luz verde a militares americanos no Iraque

WASHINGTON - Os comandantes militares americanos no Iraque estão autorizados a fazer o que acharem necessário para controlar a situação em Faluja, afirmou hoje o presidente George W. Bush. ''Nossos chefes militares empreenderão as ações que considerarem necessárias para assegurar Faluja a favor do povo iraquiano'', disse Bush em declarações conjuntas com o primeiro-ministro sueco, Goran Persson.

Bush também insistiu em que a data de 30 de junho para a entrega do poder a um governo provisório no Iraque se mantém firme e previu que à medida em que esse momento se aproximar aumentará a violência para tentar impedir uma transição pacífica.

O presidente americano assegurou que a maior parte de Faluja está voltando à normalidade, embora tenha reconhecido que há bolsões de resistência, razão pela qual as autoridades militares receberam a autorização necessária para entrar em ação para ajudar o povo iraquiano a conseguir uma sociedade pacífica e livre.

As declarações de Bush foram feitas enquanto continuam os intensos combates em alguns pontos de Faluja, inclusive com o uso de helicópteros de artilharia, apesar de não ter sido registrado um ataque em grande escala à cidade.

O presidente americano contou que hoje se reuniu com o general John Abizaid, chefe do Comando Central das Forças Armadas, que lhe explicou o plano para o início do patrulhamento conjunto de soldados dos EUA e policiais iraquianos em Faluja, uma cidade sunita que foi um dos principais centros de resistência à ocupação militar.

Apesar da intensificação dos combates nos últimos dias, os EUA continuam tentando encontrar uma saída pacífica para os ataques à cidade, que teoricamente se encontra sob cessar-fogo até que os insurgentes entreguem suas armas. ''Ainda estamos trabalhando na vertente política e diplomática para ver se solucionamos os problemas de Faluja'', declarou a rede de TV NBC o general Mark Kimmitt, porta-voz militar americano no Iraque.