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Tensão internacional faz dólar subir e fechar a R$ 2,918
A moeda norte-americana encerrou a terça-feira em alta de 0,24%, a R$ 2,918, por conta de tensões no cenário externo, que predominaram durante todo o dia.
No fim da tarde, um prédio de escritórios da ONU em Damasco, capital da Síria, foi destruído por explosões. O evento foi atribuído a terroristas pelo governo. Também à tarde (noite no Iraque), os EUA lançaram ataque aéreo e por terra contra a cidade de Fallujah, 50 km a oeste de Bagdá, símbolo da resistência iraquiana.
Pela manhã, operadores comentavam que a possibilidade de entrada da Turquia na União Européia deslocava a tensão política naquele país para dentro do bloco. Um referendo no último fim de semana em Chipre rejeitou a unificação entre o norte turco-cipriota e o sul greco-cipriota. Somente o sul da ilha vai fazer parte da UE.
No final da tarde, o risco da Turquia subia 20 pontos, para 366 pontos, enquanto o risco-Brasil subia 24 pontos, para 626.
Brasil.
Segundo o gerente de câmbio do Banco Rendimento, Hélio Ozaki, internamente o governo passa por cobranças como as dos governadores, que podem comprometer o superávit fiscal. Outro ponto contra o fechamento das contas públicas é a ação do Ministério Público contra a cobrança dos inativos.
"Se o STF julgar procedente, pode fazer naufragar de vez uma reforma (a da Previdência) que já nasceu capenga, enterrando esforço do Legislativo no passado."
Mas, para Ozaki, o governo tem demonstrado posições sérias contra o relaxamento fiscal, mesmo que o FMI flexibilize as metas de superávit desconsiderando as despesas com infra-estrutura.
Entre os indicadores americanos, o Conference Board, empresa de pesquisa dos EUA, divulgou um aumento na confiança do consumidor local, para 92,9 pontos em abril, contra 88,5 de março. O dado aumenta as pressões para uma alta dos juros dos EUA.
Segundo Ozaki, o mercado financeiro já antecipou o aumento, mas os papéis dos países emergentes ainda podem sofrer caso o aumento venha no curtíssimo prazo ou num percentual elevado.
"O governo brasileiro perdeu uma janela de oportunidade de captação no início do ano, mas pode resolver aproveitar agora, para evitar pegar uma fase ainda pior", disse.
Outro fator que sempre gera volatilidade na última semana do mês é o vencimentos de contratos futuros de dólar na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na sexta, vencem os de maio e o mercado tende a ficar mais volátil dado o conflito de interesses entre quem apostou na queda e quem apostou na alta, já que os contratos usam como referência a taxa média oficial do dólar, Ptax, do dia do vencimento.
No fim da tarde, um prédio de escritórios da ONU em Damasco, capital da Síria, foi destruído por explosões. O evento foi atribuído a terroristas pelo governo. Também à tarde (noite no Iraque), os EUA lançaram ataque aéreo e por terra contra a cidade de Fallujah, 50 km a oeste de Bagdá, símbolo da resistência iraquiana.
Pela manhã, operadores comentavam que a possibilidade de entrada da Turquia na União Européia deslocava a tensão política naquele país para dentro do bloco. Um referendo no último fim de semana em Chipre rejeitou a unificação entre o norte turco-cipriota e o sul greco-cipriota. Somente o sul da ilha vai fazer parte da UE.
No final da tarde, o risco da Turquia subia 20 pontos, para 366 pontos, enquanto o risco-Brasil subia 24 pontos, para 626.
Brasil.
Segundo o gerente de câmbio do Banco Rendimento, Hélio Ozaki, internamente o governo passa por cobranças como as dos governadores, que podem comprometer o superávit fiscal. Outro ponto contra o fechamento das contas públicas é a ação do Ministério Público contra a cobrança dos inativos.
"Se o STF julgar procedente, pode fazer naufragar de vez uma reforma (a da Previdência) que já nasceu capenga, enterrando esforço do Legislativo no passado."
Mas, para Ozaki, o governo tem demonstrado posições sérias contra o relaxamento fiscal, mesmo que o FMI flexibilize as metas de superávit desconsiderando as despesas com infra-estrutura.
Entre os indicadores americanos, o Conference Board, empresa de pesquisa dos EUA, divulgou um aumento na confiança do consumidor local, para 92,9 pontos em abril, contra 88,5 de março. O dado aumenta as pressões para uma alta dos juros dos EUA.
Segundo Ozaki, o mercado financeiro já antecipou o aumento, mas os papéis dos países emergentes ainda podem sofrer caso o aumento venha no curtíssimo prazo ou num percentual elevado.
"O governo brasileiro perdeu uma janela de oportunidade de captação no início do ano, mas pode resolver aproveitar agora, para evitar pegar uma fase ainda pior", disse.
Outro fator que sempre gera volatilidade na última semana do mês é o vencimentos de contratos futuros de dólar na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na sexta, vencem os de maio e o mercado tende a ficar mais volátil dado o conflito de interesses entre quem apostou na queda e quem apostou na alta, já que os contratos usam como referência a taxa média oficial do dólar, Ptax, do dia do vencimento.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/384691/visualizar/
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