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Jordânia leva ao ar confissão de terroristas da Al-Qaeda
Amã - A televisão estatal jordaniana levará ao ar as confissões de terroristas suspeitos de pertencer a Al-Qaeda, que teriam planejado um ataque com produtos químicos e gás tóxico à Embaixada dos Estados Unidos e outros alvos na Jordânia, anunciaram hoje fontes oficiais.
A gravação, com 20 minutos de duração, está programada para ir ao ar às 21 horas locais (15 horas de Brasília), considerado horário nobre porque segue-se ao principal informativo da TV. A porta-voz Asma Khader e outros funcionários do governo deram poucos sob o programa e não revelaram o número e a identidade dos suspeitos.
“Haverá um anúncio detalhado na televisão esta noite”, foi tudo o que disse Khader em seu encontro semanal com a imprensa.
O lance inusitado pode ser uma tentativa de responder a críticas que afirmam ter o governo exagerado no perigo do terror para justificar medidas rígidas de segurança. Funcionários da Jordânia, uma nação árabe moderada, com ligações com os EUA e um tratado de paz com Israel, afirma que o reino tem sido repetidamente alvo da Al-Qaeda e outros grupos terroristas.
Os suspeitos que aparecerão na TV jordaniana estão ligados a uma suposta conspiração, que teria sido frustrada há duas semanas. Fontes oficiais dizem que foi preso um número não especificado de membros da Al-Qaeda em duas batidas, no fim de março e começo de abril.
Na semana passada, as autoridades afirmaram que mais quatro suspeitos de estarem ligados à mesma conspiração foram mortos num tiroteio com a polícia, em Amã.
Os terroristas planejavam denotar uma poderosa arma química tendo como alvo o serviço secreto jordaniano e usar gás venenoso contra o gabinete do primeiro-ministro, a embaixada americana e outras missões diplomáticas, ainda segundo a versão oficial. Se a bomba química tivesse explodido, poderia matar pelo menos 20.000 pessoas e destruir prédios no raio de um quilômetro e meio.
Os suspeitos – que teriam entrado na Jordânia pela Síria – confessaram que o plano foi desenvolvido pelo militante jordaniano da Al-Qaeda Abu-Musab al-Zarqawi, um dos dirigentes da rede mais próximo de Osama bin Laden.
Levar ao ar confissões de suspeitos antes de seu julgamento não é comum na Jordânia. Mas, em 1998, seis homens acusados de flilação a um grupo militante confessaram, pela televisão, haver plantado uma bomba que explodiu do lado de fora de um hotel de Amã. Cinco anos depois, o tribunal declarou-os inocentes.
Fonte:
AE
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