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Internacional
Domingo - 25 de Abril de 2004 às 09:54

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Jerusalém - Israel não tem planos para o assassinato iminente de Yasser Arafat, disse o vice-premier israelense hoje, depois que os Estados Unidos criticaram a atitude do primeiro-ministro Ariel Sharon, que se descomprometeu da promessa de não atingir o líder palestino.

Sharon disse, sexta-feira que não estava mais preso à obrigação de não assassinar Arafat. Estados Unidos, Rússia e Alemanha irritaram-se com a declaração, enquanto que os palestinos diziam que Washington estava favorecendo Israel em assuntos chaves.

Com o vice-premier, foram dois os ministros a dizer hoje que Sharon não tem planos imediatos para acabar com Arafat, mas apenas em princípio.

“O primeiro-ministro não pretende executar nada nesta semana, nem amanhã ou depois”, disse o vice-premier Ehud Olmert, um confidente de Sharon, à Rádio do Exército. “Ele apenas repetiu uma regra geral em relação a Arafat, em razão da imunidade que ele acredita ter.”

O ministro do gabinete Gideon Ezra, por sua vez, falando à Rádio Israel, afirmou que Sharon não quis dizer que tomaria qualquer medida contra o veterano líder palestino, mas pretendia apenas “intimidar Arafat e seu povo para que comecem a preocupar-se”.

Os palestinos estão furiosos com os comentários de Sharon. Dizem que o apoio de Washington à posição israelense, que irá perdurar até um acordo final sobre a Cisjordânia, é um assentimento às ameaças de Sharon.

Israel acusa Arafat de estar por trás dos ataques terrorista, em 42 meses de violência, e recusar-se a conter as organizações terroristas.

O ministro da Agricultura Yisrael Katz foi selecionado para levantar a proposta, na reunião de hoje do gabinete, do assassinato de Arafat depois do próximo ataque a Israel, mas não se espera que ela passe, segundo a Rádio Israel.

Os comentários de Sharon sobre Arafat foram feitos quase uma semana antes da votação do dia 2 de maio, no Partido Likud, de seu plano de retirada de Israel da Faixa de Gaza. Enfrentando uma luta renhida em seu partido contra os linhas-duras, as palavras ameaçadores do primeiro-ministro provavelmente visavam a uma tentativa de ganhar apoio, dizem os analistas.

Os oponentes do plano de retirada, que também inclui um recuo limitado da Cisjordânia, acusam Sharon de estimular o terrorismo.




Fonte: AE - AP

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